O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais deve começar, nesta semana, os estudos para a remoção dos destroços do helicóptero Arcanjo 4, que caiu na última sexta-feira (11 de outubro) em Ouro Preto, causando a morte de seis pessoas. A área do acidente foi liberada pela Polícia Civil e pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), permitindo que a corporação inicie os procedimentos para a retirada da aeronave.
Segundo nota oficial dos bombeiros, o primeiro passo será realizar um estudo detalhado do local do acidente. Para isso, será utilizado um drone, a fim de identificar a maneira mais segura de proceder com a remoção dos destroços, que se encontram em uma área de difícil acesso. “O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais está se organizando para realizar os procedimentos de retirada dos materiais provenientes do acidente”, informou a corporação. A previsão é de que a análise inicial ocorra ainda esta semana.
A aeronave, assegurada por uma empresa contratada, já teve o processo de indenização iniciado. O Corpo de Bombeiros também está em contato contínuo com os familiares das vítimas, oferecendo apoio psicológico e assistência social, além de orientações sobre os procedimentos administrativos necessários.
O helicóptero Arcanjo 4, que pertencia ao Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, participava de uma operação de resgate em outro acidente aéreo no momento da tragédia. A aeronave estava a caminho de prestar assistência após a queda de um avião Air Tractor, que atuava no combate a incêndios na região. As seis vítimas, entre militares e socorristas do Samu, incluíam um capitão, um tenente, dois sargentos, um médico e um enfermeiro.
O Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), órgão ligado ao Cenipa, concluiu, no sábado (12 de outubro), a ação inicial de coleta de dados para apurar as causas do acidente. De acordo com a Norma do Sistema do Comando da Aeronáutica (NSCA) 3-13, o Cenipa deverá emitir um relatório preliminar dentro de 30 dias, contendo as informações colhidas até o momento. No entanto, o relatório final, com as conclusões da investigação, poderá demorar mais, como previsto pelo Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA).
A queda do Arcanjo 4 gerou comoção em Minas Gerais, principalmente entre os profissionais de resgate e emergência, que destacaram o trabalho heroico dos tripulantes. O Corpo de Bombeiros segue empenhado em prestar todas as homenagens às vítimas e garantir o apoio necessário às famílias envolvidas.
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