O Ministério de Minas e Energia decidirá na próxima terça-feira (15) se o horário de verão será retomado no Brasil ainda em 2024. A decisão, aguardada com expectativa, será tomada pelo ministro Alexandre Silveira, que se reunirá com sua equipe técnica em Brasília. Silveira retornará ao trabalho na segunda-feira (14), após antecipar o fim de suas férias devido à urgência do tema.
“Se houver risco energético, a única prioridade será implementar o horário de verão”, afirmou o ministro na última sexta-feira (11), durante evento em Roma. A medida, segundo Silveira, está sendo comprovada com base na segurança do sistema elétrico nacional e no equilíbrio econômico. Ele destacou que, caso o país não enfrente risco de desabastecimento, a decisão será orientada pela análise do impacto da medida em diferentes setores.
A adoção do horário de verão é uma prática comum em diversos países, especialmente os desenvolvidos, mas foi extinto no Brasil em 2019. Silveira enfatizou que a questão não deve ser tratada como um debate ideológico, e sim como uma política pública que pode gerar benefícios , desde que aplicado no momento certo.
O ministro também informou a gravidade da atual crise hídrica, a pior registrada nos últimos 73 anos, de acordo com dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Apesar das medidas preventivas adotadas ao longo do ano, que ajudaram a preservar 11% dos recursos hídricos nos reservatórios, o cenário de incerteza sobre o regime pluviométrico exige atenção.
A definição do horário de verão, de acordo com Silveira, deve ocorrer ainda nesta semana para permitir que setores como o aéreo e a segurança pública se preparem especificamente. Caso a medida seja aprovada, ela não afetará o segundo turno das eleições, marcado para o próximo dia 27, uma vez que sua implementação só seria possível após o prazo mínimo de 20 dias.
Com responsabilidade e serenidade, o ministro destacou a complexidade da decisão, que, se adotada sem necessidade, pode impactar setores econômicos sensíveis, enquanto a não adoção, diante de um agravamento energético, poderia grandes problemas.
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