Um trabalhador de Monte Azul, Minas Gerais, viu-se em uma situação inusitada e inédita ao receber uma indenização de R$ 30 mil após ser demitido por não ceder a uma pressão política imposta pela empresa. O incidente ocorreu durante as eleições de 2022, quando o funcionário, que apoiava o então candidato Lula, foi coagido a votar em Jair Bolsonaro, seguindo uma orientação expressa de seus superiores.
De acordo com o trabalhador, que optou por não se identificar, a empresa começou a exercer pressão sobre os funcionários, exigindo que declarassem apoio a Bolsonaro e até colassem adesivos políticos em seus uniformes. O clima de cooperação tornou-se insustentável quando ele declarou sua intenção de votar em Lula, resultando em sua demissão no dia seguinte, sob alegação de falta de justa causa.
A empresa, por sua vez, negou qualquer relação entre a missão e a preferência política do funcionário, afirmando que a decisão já estava em andamento há pelo menos uma semana. No entanto, o desembargador que analisou o caso não apenas ouviu o assédio eleitoral como uma prática inaceitável, mas também tentou a intervenção ao trabalhador pela demissão injusta.
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