Israel confirmou, nesta segunda-feira (30), a morte de Fateh Sherif Abu el-Amin, líder do Hamas no Líbano, durante um ataque aéreo no campo de refugiados palestinos Al-Bass, próximo a Tiro. O ataque, que também resultou na morte de membros da família de el-Amin, exemplifica a escalada das operações militares israelenses contra rivais na região, incluindo o Hezbollah.
Desde o início da atual guerra no Oriente Médio, em 7 de outubro, após um ataque do Hamas que deixou 1.200 mortos e 251 reféns em Israel, a violência se intensificou. Apesar dos esforços do governo de Binyamin Netanyahu para neutralizar o Hamas e libertar os 64 cativos que permaneceram, a organização palestina foi reduzida a um nível de insurgência. A guerra já resultou em mais de 41.500 mortos, conforme estimativas palestinas, mas Israel não conseguiu neutralizar completamente o Hamas.
Nas últimas semanas, Israel desenvolveu uma postura mais agressiva, atacando o Hezbollah com uma intensidade não vista desde a guerra de 2006. A morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, foi um golpe duro, seguido por mais bombardeios. Recentemente, aviões israelenses também alvejaram o centro de Beirute, um local que não era atacado desde 2006, resultando na morte de três líderes da Frente Popular de Libertação da Palestina.
A escalada das ações militares de Netanyahu levanta expectativas sobre a ocorrência do Irã, que é considerado o verdadeiro poder por trás de muitos grupos anti-Israel. Apesar da retórica dura do Irã, o país adotou uma postura cautelosa, em parte devido à agressividade de Israel e à presença militar reforçada dos EUA na região, que serve como dissuasão.
Além disso, Israel inveja um sinal de suas capacidades militares para atacar o porto iemenita de Hodeidah, controlado pelos houthis, que havia lançado mísseis balísticos contra Tel Aviv. O primeiro-ministro interino libanês, Najib Mikati, afirmou que o Líbano realizará uma sessão para eleger um novo presidente assim que houver um cessar-fogo, mas o futuro do conflito permanecerá incerto, com a possibilidade de mais confrontos à frente.
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