O Cerrado mineiro, conhecido por sua biodiversidade e resiliência, está sob grave ameaça. Incêndios que se espalham por Minas Gerais colocam em risco de extinção plantas raras que compõem este bioma. Entre as áreas mais afetadas fica a região de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, onde espécies vegetais exclusivas dos campos rupestres estão à beira do desaparecimento, sem sequer terem sido completamente estudadas.
Uma expedição do projeto Plano de Ação Territorial (PAT) do Espinhaço Mineiro, revelou a gravidade da situação. As plantas encontradas apenas nesse pequeno fragmento do Cerrado apresentam características únicas e mecanismos de preservação ainda desconhecidos. O fogo, intensificado pela ação humana e pelas condições climáticas, avança rapidamente sobre essas áreas, ameaçando a sobrevivência do ecossistema.
Biólogos e pesquisadores estão em uma corrida contra o tempo para identificar e estudar as espécies "criticamente em perigo", antes que sejam completamente dizimadas. Com o avanço desenfreado dos incêndios e a pressão do agronegócio, o Cerrado enfrenta um de seus maiores desafios, e sua flora pode não resistir sem esforços intensos.
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