Enquanto os moradores de BH e região comemoram o retorno das chuvas, o governo federal está prestes a decidir sobre o possível retorno do horário de verão. O ministro de Minas e Energia, Alexandre da Silveira, informou que a decisão final será tomada em até 10 dias, embora o ministro tenha se agendado cauteloso quanto à implementação imediata da medida. A decisão, no entanto, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pode optar pela volta do adiantamento dos relógios somente após as eleições, conforme recomendação da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia.
A possível reintrodução do horário de verão foi recomendada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que estima uma economia de até R$ 400 milhões entre os meses de outubro e fevereiro. Segundo o estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a rotação do pico de consumo para horários com maior geração de energia solar pode reduzir a demanda máxima em até 2,9%, evitando a ativação de usinas termelétricas, que além de caras, são mais poluentes.
No entanto, o ministro Alexandre Silveira ressaltou que há segurança no fornecimento de energia no país, e está analisando outras medidas, como o adiantamento de linhas de transmissão e mudanças operacionais na usina de Belo Monte. A suspensão do horário de verão foi determinada em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro, que alegou que mudanças no padrão de consumo de energia e avanços tecnológicos trouxeram uma medida menos eficiente.
Caso o horário de verão seja retomado, ele entraria em vigor após o segundo turno das eleições de outubro, respeitando a solicitação do TSE para evitar complicações no processo eleitoral.
Mín. 16° Máx. 23°