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MG Transplantes realiza evento para ampliar busca ativa de potenciais doadores de órgãos

Simpósio mostrou a importância da constante capacitação das Comissões Intra-Hospitalares e de uma maior proximidade entre as equipes

09/09/2024 às 11h01
Por: Redação Fonte: Secom Minas Gerais
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Rafael Assis / Fhemig
Rafael Assis / Fhemig

Buscando a sensibilização dos profissionais de saúde para a importância das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, o MG Transplantes , da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) , realizou no auditório do Hospital João XXIII nesta sexta-feira (6/9), o 3º Simpósio das CIHDOTTSs da Região Metropolitana.

O evento, voltado para comissões já formadas e equipes interessadas em melhorar o seu serviço de notificações, contou com representantes de diversos hospitais de Belo Horizonte e de outras cidades do estado.

As Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTTSs) têm a função de realizar a busca ativa de potenciais doadores nas unidades hospitalares, auxiliar na condução do protocolo e acompanhar todo o processo junto às Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), garantindo que tudo ocorra dentro da legalidade e com segurança.

As comissões também devem se envolver na capacitação contínua dos profissionais de saúde, para garantir que estejam preparados para identificar e lidar adequadamente com situações de potencial doação, além de seguir os protocolos legais e éticos necessários.

“As CIHDOTTs são as menores células do Sistema Nacional de Transplantes, mas as mais importantes. Elas é que vão comunicar com as Organizações de Procura de Órgãos a existência de um doador, seja de coração parado para doação de tecido, seja de morte encefálica para doação de múltiplos órgãos, para iniciar o processo de doação. Sem essas comissões, não é possível fazer nada”, explica o diretor do MG Transplantes, Omar Lopes Cançado.

O diretor apresentou aos participantes a estruturação das comissões no processo de doação de órgãos e a situação atual dos transplantes em Minas Gerais e no Brasil.

Importância

De acordo com a gerente administrativa do MG Transplantes, Ediléia Gonçalves, que falou sobre a estrutura, cadastro e incentivos governamentais para as comissões atuantes, o simpósio é relevante não somente para a qualificação das comissões já existentes, como também para a atualização das informações relacionadas à política de doação de órgãos e tecidos.

“Como estamos em um mês de campanhas intensificadas (Setembro Verde), o simpósio é mais uma forma de divulgar a causa e impactar no aumento das doações, que é o nosso maior objetivo”, avalia.

Para Omar Cançado, um dos principais objetivos dos encontros é conhecer os representantes dos hospitais e ficar mais próximos das comissões, para que o sistema funcione melhor.

“Nesse momento conseguimos reunir os maiores hospitais da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e tirar dúvidas sobre todo o processo de doação de transplantes, na expectativa de aumentar o número de notificações e reduzir a fila de espera”, afirma.

Capacitação

Conversar com uma família que acabou de receber a notícia da perda de um ente querido e perguntar se ela autoriza a doação dos órgãos da pessoa não é uma tarefa fácil. É por isso que é preciso treinamento constante dos profissionais atuantes para realizarem esta abordagem.

As equipes multidisciplinares das CIHDOTTSs, além de dominarem toda a parte teórica e prática do processo de doação e protocolo de determinação de morte encefálica, devem desenvolver habilidades de comunicação e acolhimento nos processos de entrevista familiar, suficientes para demonstrar empatia, esclarecer todas as dúvidas da família e dar a ela segurança para dizer sim.

“As Centrais Estaduais de Transplantes, como a de Minas Gerais, constantemente realizam cursos específicos para manter os profissionais de saúde atualizados, como o de Comunicação Crítica, e as OPOs desenvolvem o programa de educação continuada em cada área de abrangência, com orientações, treinamentos presenciais e apoio local”, explica Ediléia Gonçalves.

Critérios

Qualquer hospital pode ter CIHDOTTs, que são classificadas pelo número de óbitos da unidade, a sua especialidade, entre outros critérios estabelecidos.

Independentemente de sua classificação, o importante é que haja uma equipe voltada para os pacientes possíveis doadores, que observe qual evolui para a morte encefálica, e faça todo o acompanhamento da equipe assistencial.

“A criação das CIHDOTTs será obrigatória nos hospitais públicos, privados e filantrópicos que se enquadrem nos perfis específicos determinados pela legislação”, enfatiza Ediléia.

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