Deolane Bezerra segue presa após conflito de competência no Tribunal de Justiça de Pernambuco

A influenciadora Deolane Bezerra, presa na última quarta-feira (4) durante a operação da Polícia Civil de Pernambuco que investiga uma organização criminosa suspeita de envolvimento em jogos ilegais e lavagem de dinheiro, continua detida na Colônia Penal Feminina do Recife. Apesar de rumores sobre uma possível soltura, o advogado Carlos André Dantas, que integra a defesa de Deolane, confirmou neste sábado (7) que ela permanece encarcerada, aguardando a análise de um pedido de habeas corpus.

A defesa de Deolane enfrenta um impasse judicial: um conflito de competência entre câmaras criminais do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) está atrasando o julgamento do habeas corpus. Esse entrave surgiu devido a um pedido anterior de habeas corpus protocolado por um advogado do Paraná, sem ligação com a equipe oficial da influenciadora, que posteriormente desistiu da solicitação, mas o fato já havia gerado um conflito de jurisdição.

“Estamos aguardando no TJPE informações sobre o habeas corpus solicitado pela equipe de advogados da família de Dra. Deolane Bezerra. Foi informado que houve um conflito de competência entre as câmaras criminais do Tribunal devido ao primeiro HC, o qual fixou aquela câmara como a competente para julgar o caso", explicou Dantas.

Dayanne Bezerra, irmã de Deolane, também comentou sobre a situação nas redes sociais, esclarecendo que o habeas corpus ainda não foi julgado. “Meu povo, o HC da minha irmã não foi julgado pelo conflito de competência que houve no tribunal, e precisou ser redistribuído para o juiz competente”, afirmou.

A operação policial, denominada Integration, cumpriu 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão, além do sequestro de bens como carros de luxo, imóveis e aeronaves. O bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões também foi solicitado. As investigações focam em um grupo envolvido com bets (sites de apostas esportivas), porém, as autoridades afirmam que as atividades do grupo investigado não estão dentro da legalidade permitida pela legislação atual.

Os mandados foram cumpridos em diversas cidades do país, incluindo Recife (PE), Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO). As autoridades ainda seguem apurando os detalhes da participação de Deolane Bezerra e outros investigados no esquema.