A defesa de Welbert de Souza Fagundes, acusado do assassinato do policial Roger Dias da Cunha em janeiro de 2024, solicitou à Justiça sua transferência para um hospital psiquiátrico. O crime ocorreu durante uma perseguição em Belo Horizonte
O pedido foi fundamentado em um laudo do psiquiatra forense Hewdy Lobo Ribeiro, conhecido por atuar em casos de grande repercussão, como os de Adélio Bispo, responsável pela facada no ex-presidente Jair Bolsonaro; da ex-deputada federal Flordelis, condenada pelo assassinato do pastor Anderson do Carmo; e de Suzane Richthofen.
De acordo com o laudo, Welbert foi diagnosticado com "transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de múltiplas drogas e outras substâncias psicoativas — transtorno psicótico", além de esquizofrenia paranoide. O documento aponta que, mesmo em tratamento no sistema prisional, ele apresenta sintomas psicóticos ativos, com agravamento da doença.
"As avaliações sistemáticas realizadas por esta equipe permitiram concluir, com total ética e respeito aos profissionais que o acompanham, que o sr. Welbert necessita de revisões em seus tratamentos, com aparente indicação de internação psiquiátrica", afirma o laudo.
O perito sugere que os elementos clínicos e técnicos são suficientes para justificar a internação em um hospital que ofereça um ambiente seguro para exames complementares, visando proteger a integridade física e mental do réu e das pessoas ao seu redor, além de permitir a revisão do projeto terapêutico.
"Solicitamos a transferência conforme a recomendação de um dos maiores profissionais da medicina forense, após avaliação do Welbert. Não pouparemos esforços para fazer o que acreditamos ser o correto e o que a ciência recomenda", declarou o advogado Bruno Torres.
Atualmente, Welbert de Souza Fagundes cumpre pena em regime disciplinar diferenciado (RDD) na Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, no interior de Minas Gerais.
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