O Governo de Minas está reforçando sua atuação contra crimes que impactam diretamente a vida de milhões de mineiros, como furtos de água, energia, fios de cobre e equipamentos de telecomunicação. Ficar sem energia em um momento importante, perder a chance de um negócio por estar sem água ou ficar sem internet ou outro tipo de comunicação prejudica a rotina da população e de quem trabalha para fazer de Minas um estado melhor.
Por isso, foi criado um grupo de trabalho que une a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e grandes empresas, com o objetivo de realizar operações e desenvolver estratégias preventivas e repressivas contra essas naturezas criminais.
Uma das iniciativas desse grupo foi I Seminário Integrado de Combate a Crimes de Infraestrutura de Energia, Saneamento e Telecomunicações, realizado nessa quarta-feira (7/08), que reuniu cerca de 150 pessoas.
Representantes da Sejusp, Polícia Militar , Polícia Civil e Ministério Público se reuniram com grandes empresas, como Cemig , Copasa , TIM, Vivo, Oi, Claro e Algar, representadas também pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel, Celular e Pessoal (Conexis), para discutir os desafios e as ações executadas pelo Estado no combate a essas práticas criminosas.
Christian Vianna, subsecretário de Integração da Segurança Pública, destacou que o encontro foi fundamental para consolidar a cooperação entre os diferentes atores envolvidos na temática. Segundo ele, o seminário marca o início de uma nova fase, em que todos trabalharão de forma ainda mais coordenada para enfrentar esses tipos de crime de maneira mais eficaz.
"No passado, tínhamos várias tratativas com essas empresas de forma separada. Agora, estamos reunindo todos os atores em um grupo de trabalho para uma atuação conjunta. O seminário foi a pedra fundamental para o lançamento desse projeto de cooperação entre as prestadoras de serviços e as forças de segurança, com o apoio dos demais entes do Estado e dos municípios", explicou o subsecretário.
O promotor de Justiça Marcos Miranda, do Ministério Público de Minas Gerais, ressaltou a importância de fortalecer essa rede de colaboração. Ele reforçou que os furtos não afetam apenas as concessionárias, mas também os cidadãos, uma vez que as perdas acabam sendo repassadas nas tarifas dos serviços. Além disso, os crimes, que muitas vezes ocorrem de forma dispersa, acabam alimentando uma rede criminosa mais ampla.
"As tarifas que custeiam esses serviços levam em consideração as perdas, e o aumento será suportado por todos os consumidores. Não se trata apenas da perda patrimonial de cinquenta metros de fio de cobre, por exemplo", observou o promotor.
Clyson Sousa, diretor de Relacionamento com o Cliente e Regulação da Copasa, enfatizou que os serviços públicos são interdependentes, e que o trabalho conjunto é essencial para garantir o funcionamento adequado. "Para o fornecimento de água, precisamos da telefonia e da energia – principalmente em um estado com o relevo de Minas Gerais, onde a água precisa ser bombeada. E uma ação incorreta, seja em áreas ocupadas ou furtos qualificados, afeta toda a coletividade", afirmou o diretor.
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