O grupo terrorista Hamas iniciou um processo urgente de consultas internas para nomear um novo líder após a morte de Ismail Haniyeh, chefe da ala política do grupo. A notícia foi confirmada no sábado, 3 de agosto, em uma declaração oficial do Hamas, que anunciou a convocação de reuniões pelo núcleo político e pelo Conselho Shura, principal órgão consultivo do grupo, para discutir a sucessão de Haniyeh.
Ismail Haniyeh foi vítima de uma explosão na capital iraniana, Teerã, na manhã de quarta-feira, 31 de julho. Ele estava na cidade para a posse do recém-eleito presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, evento que também contou com a presença do vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin. Na noite anterior ao atentado, Haniyeh havia se encontrado com o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, um dos principais financiadores do Hamas. A explosão ocorreu no alojamento reservado para Haniyeh pelo governo iraniano, matando-o junto com seu guarda-costas.
A morte de Haniyeh representa a perda mais significativa para o alto escalão do Hamas desde o início do recente conflito em Gaza, que se intensificou após os atentados de 7 de outubro. Haniyeh, que liderava a ala política do Hamas desde 2017, inicialmente operava a partir da Cidade de Gaza, mas posteriormente se mudou para Doha, no Catar, com sua família.
Dois nomes despontam como favoritos para suceder Haniyeh: Khaled Mashaal, membro fundador do núcleo político do Hamas e líder do grupo entre 2004 e 2017, e Khalil al-Hayya, uma figura influente dentro do Hamas e próximo do líder assassinado. A escolha do sucessor será crucial para definir a direção futura do grupo terrorista em um momento de grande tensão e incerteza. Com a convocação das reuniões de emergência, o Hamas busca rapidamente preencher o vácuo de liderança deixado pela morte de Haniyeh, em meio a um cenário de intensificação do conflito e pressões internas e externas.
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