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Governo de Minas destina, desde 2020, R$ 1 bilhão para descentralizar e promover a cultura em todo o estado

Programas e ações impactam milhares de mineiros; recursos alcançam pequenos e médios fazedores de cultura, preservação do patrimônio histórico, cap...

22/04/2024 às 07h38
Por: Redação Fonte: Secom Minas Gerais
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Léo Bicalho / Divulgação
Léo Bicalho / Divulgação

A descentralização é a principal meta para a Cultura do Governo de Minas . Desde 2020, o Estado já repassou mais de R$ 1 bilhão a municípios do interior apenas para o setor da cultura, contemplando a preservação do patrimônio material e imaterial, apresentações artísticas e mais de 8 mil projetos de incentivo a pequenos e médios fazedores de cultura. 

De forma direta, somente de 2023 para cá, a secretaria impactou mais de 185 mil pessoas, entre público, artistas e profissionais do segmento, em todas as 12 regiões do estado.

A atenção especial dedicada ao interior pode ser verificada nos editais da Lei Paulo Gustavo, que estabeleceram critérios para priorizar localidades com menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), com foco na descentralização. O resultado pode ser verificado na prática: entre os classificados no edital três (apoio às salas de cinema), por exemplo, 93% pertencem a cidades do interior e 7% a Belo Horizonte.

O esforço para garantir que os recursos ultrapassem os limites do centro também é constatado nas Rodadas do ICMS

Patrimônio cultural 

Por meio delas, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) capacita gestores municipais para pontuarem no programa, que destina recursos às cidades que preservam seu patrimônio e referências culturais. 

Provando a eficácia da ação de capacitação, o instituto conseguiu com que 839 municípios pontuassem no ICMS Patrimônio Cultural exercício 2024. Contando a partir de 2020, o programa já destinou R$ 553 milhões apenas para cidades do interior.

Produção 

Outro caso exemplar é a Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) , que atingiu um público de mais de 103 mil pessoas no último ano. 

Grande parte esteve presente nas duas exposições da fundação abertas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH), de outubro de 2023 a janeiro de 2024. Trazendo para o Circuito Liberdade a vivência em um ateliê de restauro, o acervo produzido em Ouro Preto e os presépios vencedores de seu tradicional concurso de presépios, as mostras colocaram em evidência a produção artística além de Belo Horizonte.

Além disso, a instituição criadora do primeiro curso de conservadores e restauradores do país está, desde 2021, em franca descentralização. 

Já são três cidades com sede fora Ouro Preto: Paracatu, Guaxupé e Belo Horizonte, que acaba de receber a Faop Liberdade.

E a fundação ainda vai inaugurar outras três unidades em 2024: Santa Luzia, na Região Metropolitana de BH; Congonhas; e Antônio Pereira, distrito de Ouro Preto. 

Em suas sedes, a Faop oferece cursos de capacitação profissional na área de restauro, cursos livres em diversos segmentos das artes, realiza exposições e promove o encontro da comunidade local com a cultura e a educação. 

Fora das unidades, a entidade realiza atividades formativas, seminários, rodas de conversa e ações de restauração e conservação do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Ao todo, a Faop desenvolveu projetos em 40 municípios mineiros em 2023, contemplando quase 11 mil pessoas, entre alunos e público geral.

Manifestações artísticas diversas por toda Minas Gerais

A Fundação Clóvis Salgado (FCS) também rodou por Minas Gerais com sua diversidade artística, expressada por meio da música, dança, cinema, artes plásticas e cênicas. 

A instituição realizou mais de 30 apresentações voltadas para a descentralização desde janeiro de 2023, alcançando um público de mais de 18,8 mil pessoas.

Uma das empreitadas de maior destaque foi a exposição “Jequitinhonha: Origem e Gesto”, que uniu as artes tradicionais do Vale do Jequitinhonha – pintura e escultura em barro – com a dança. 

Para o projeto ser montado, a Cia. de Dança Palácio das Artes foi até o Vale para conhecer os artistas locais, seus trabalhos e as cidades da região. 

Já o acervo reuniu cem obras de diferentes artistas, regiões e fases da produção do Jequitinhonha, incluindo expoentes como Dona Izabel e Dona Zezinha.

O resultado foi uma produção que atraiu 15,5 mil pessoas e pôs em destaque uma das regiões mais vulneráveis do território mineiro. Parte do investimento total, de R$ 378,5 mil, foi feito diretamente em cidades do Vale do Jequitinhonha, especialmente em Turmalina, ajudando a impulsionar a economia da criatividade no local.

Ópera na gruta

Em Poços de Caldas, 360 pessoas foram ver a apresentação do espetáculo “m.a.n.i.f.e.s.t.a”, enquanto a Ópera Matraga, inspirada na obra de João Guimarães Rosa, foi encenada para 150 pessoas na Gruta do Maquiné, em Cordisburgo. 

Já a Itinerância FestcurtasBH passou por Guaxupé, Mariana, Bom Despacho, Itabirito e Uberlândia, chamando aproximadamente 1,4 mil espectadores, que puderam assistir a filmes nacionais e internacionais exibidos em outubro, no
Palácio das Artes.

Programação 2024

Ao longo de 2024, a fundação vai exibir filmes, realizar apresentações teatrais e promover cursos voltados às artes cênicas no Centro Social e Cultural Padre João Marcelino, o Cineminha de Nova Lima. 

A cidade também viu duas apresentações do Coral Lírico de Minas Gerais no Teatro Municipal Manoel Franzen, que somaram público de 240 pessoas. O sucesso foi tanto que a companhia volta ao teatro já no próximo sábado (27/4), para apresentação com entrada franca.

As ações são fruto do acordo entre a FCS e a Prefeitura de Nova Lima, firmado em dezembro de 2023, que prevê o desenvolvimento de atividades artísticas e culturais na cidade. 

Com a iniciativa, moradores da região dependem menos do descolamento à capital para terem acesso a grandes espetáculos e produções de arte.

Museus e bibliotecas do interior com grande movimentação

A crescente adesão dos municípios à Noite Mineira de Museus e Bibliotecas é mais uma prova do sucesso das políticas de descentralização da cultura implementadas pelo Governo de Minas. 

Mais de 60 cidades mineiras já participaram do projeto, que estende o horário de funcionamento dos espaços culturais para ampliar e democratizar acesso da população à produção artística e intelectual.

Como resultado, mais de 5 mil pessoas em todas as regiões do estado puderam conhecer e adotar o hábito de frequentar museus e bibliotecas.

Além disso, os museus próprios do Estado no interior – Casa Guimarães Rosa, Casa Alphonsus de Guimaraens, Casa Guignard e Museu do Crédito Real – atraíram público superior a 53 mil pessoas desde janeiro de 2023, incluindo moradores e turistas. 

Os visitantes puderam participar de 1.360 atividades, entre visitas agendadas, exposições, atividades educativas e eventos culturais. 

As ações são implementadas por meio da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC). 

Apenas em 2023, o departamento realizou doação de 5,6 mil livros para bibliotecas do interior, promoveu cursos de capacitação para mais de 3,8 mil participantes e prestou mais de 440 assessorias, incluindo ações como visitas, atendimentos, exposições e orientações.

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