Segundo as análises, tanto a aquisição de uma moradia quanto a compra de um veículo próprio se tornaram verdadeiros desafios financeiros, com um aumento real de 150% em seus valores.
Para exemplificar o impacto dessa inflação, a pesquisa comparou os preços médios de imóveis e automóveis em 2004 com seus equivalentes atuais. No caso de casas, apartamentos com uma metragem média entre 40 e 60 metros quadrados, e residências com uma metragem entre 70 e 100 metros quadrados, apresentaram um aumento exorbitante. Em 2004, a média de preço era de R$ 150.000,00, enquanto hoje atinge o valor de R$ 375.000,00.
Da mesma forma, os carros populares não escaparam desse fenômeno de valorização desenfreada. Em 2004, um carro popular tinha um preço médio de R$ 25.000,00. Atualmente, esse valor saltou para R$ 62.500,00. Ambos os casos registram um aumento de 150% em seus valores reais, evidenciando a significativa disparidade econômica ao longo das últimas duas décadas.
Essa disparada nos preços tem gerado um impacto profundo nas aspirações das famílias, uma vez que a casa e o carro próprios, símbolos tradicionais de estabilidade e independência financeira, se tornaram cada vez mais distantes da realidade para muitos. Como resultado, observa-se uma mudança de mentalidade nas novas gerações, que estão optando por formas alternativas de moradia e transporte, como o aluguel, em vez de comprometerem-se com o alto custo de aquisição desses bens duráveis.
Nadja Heiderich ressalta que a decisão entre comprar ou alugar um imóvel deve ser tomada de forma individualizada, levando em consideração as necessidades, estilo de vida e objetivos financeiros de cada pessoa ou família. Diante desse cenário de preços em constante ascensão, a análise cuidadosa das opções disponíveis torna-se essencial para garantir uma decisão financeiramente viável e sustentável a longo prazo.
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