A partir deste mês, a entrada de cigarros será terminantemente proibida em todas as unidades prisionais de Minas Gerais. A medida, implementada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), começará a valer inicialmente nas unidades menores e nos Centros de Remanejamento de Presos (Ceresp) ainda em julho. Até o final de agosto, a proibição será estendida às instituições de médio e grande porte, impactando uma população carcerária de aproximadamente 60 mil pessoas.
A decisão, segundo o Estado, visa preservar "a saúde e a segurança" dos detentos e dos servidores que trabalham nas prisões. No aspecto da saúde, a proibição busca garantir "um ambiente livre das toxinas contidas nos cigarros". Em termos de segurança, a eliminação de fósforos e isqueiros visa prevenir incidentes de fogo em colchões e tecidos. Além disso, a medida pretende acabar com o uso de cigarros como moeda de troca dentro do sistema prisional e como meio de transporte para outras drogas, como a K.
A Sejusp comunicou a proibição por meio de um memorando enviado aos diretores de polícia penal na última quinta-feira (4). Quando questionada sobre a notificação aos internos, a secretaria afirmou em nota que "as informações aos custodiados serão repassadas durante a implantação da medida".
A introdução abrupta da nova regra pode desencadear protestos entre os detentos. Reconhecendo essa possibilidade, o Estado já orientou os diretores a desenvolverem "planejamentos logísticos" para "deslocamentos de grupamentos, caso seja necessário, a fim de garantir a ordem e segurança em todas as Unidades Prisionais".
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