A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a conta de luz terá um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kW/h consumidos no mês de julho devido ao acionamento da bandeira tarifária amarela. A decisão foi divulgada na sexta-feira (28) e está relacionada à previsão de chuvas abaixo da média e ao aumento esperado no consumo de energia.
De acordo com a Aneel, esta é a primeira alteração na bandeira tarifária desde abril de 2022. Durante 26 meses consecutivos, os consumidores desfrutaram da bandeira verde, que não implica custo adicional. “Com o sistema de bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas”, afirmou a agência.
A escassez de chuvas e as temperaturas mais altas em diversas regiões do país aumentam os custos de operação do sistema de geração de energia das hidrelétricas. Em períodos como esse, é necessário acionar as usinas termelétricas, que possuem um custo maior de operação.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para sinalizar aos consumidores o custo real da energia gerada, incentivando o uso consciente da eletricidade. O acionamento das bandeiras tarifárias é baseado principalmente em dois fatores: o risco hidrológico e o preço da energia. As bandeiras funcionam da seguinte maneira: verde (sem custo adicional), amarela (custo intermediário) e vermelha (custo mais alto, dividido em patamares 1 e 2).
Para julho, a bandeira amarela indica que os consumidores devem se preparar para um aumento na conta de luz. A Aneel ressalta a importância de adotar medidas de economia de energia para mitigar o impacto financeiro. Com o sistema de bandeiras, é possível ajustar o consumo de energia conforme as condições de geração, contribuindo para a estabilidade do sistema elétrico e a redução de custos operacionais.
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