Segundo os dados apresentados na Sondagem Industrial, divulgados no Portal da Indústria, o índice de evolução da produção industrial atingiu 47,4 pontos. O relatório aponta que após dois meses consecutivos de avanço, este índice, agora abaixo da linha divisória de 50 pontos, sinaliza um recuo na produção em relação a abril. A publicação informa ainda que o movimento de retração é comum para os meses de maio, porém, em 2024, o recuo foi mais intenso e disseminado do que o usual.
Conforme informado na publicação, o recuo na produção industrial em maio de 2024 foi influenciado principalmente pelos eventos climáticos ocorridos no Rio Grande do Sul. O índice de evolução da produção para a região Sul atingiu apenas 39,6 pontos, refletindo a severidade do impacto climático. O Sudeste também registrou um recuo na produção, embora em menor magnitude, enquanto nas outras regiões o índice manteve-se acima de 50 pontos, indicando crescimento.
O relatório aponta dados indicando que o índice de evolução do número de empregados na indústria atingiu 49 pontos em maio de 2024. Este valor, abaixo dos 50 pontos, revela uma redução no emprego industrial em comparação a abril, sendo o primeiro recuo registrado após quatro meses de estabilidade ou crescimento.
A publicação informou que a queda no número de empregados foi grande na região Sul, onde o índice de emprego industrial atingiu 47,6 pontos, o menor valor entre todas as regiões. O estudo cita que os eventos climáticos adversos no Rio Grande do Sul contribuíram para esta retração acentuada. Nas regiões Sudeste e Nordeste, os índices de emprego também mostraram redução, embora de forma mais branda, permanecendo próximos, mas abaixo da linha dos 50 pontos.
José Antônio Valente, diretor da empresa locadora de equipamentos Trans Obra, afirmou que o recuo relatado no estudo, após dois meses consecutivos de avanço, é um indicativo claro de que a indústria está enfrentando desafios significativos. O movimento de retração na produção e no emprego industrial pode ser visto como uma oportunidade para o setor de locação de equipamentos investir em tecnologias que aumentem a eficiência. José Antônio continuou dizendo que equipamentos modernos e bem mantidos podem ajudar as empresas de construção ou empresas industriais a operar de maneira mais eficiente, mesmo com uma força de trabalho reduzida. Isso pode incluir a incorporação de máquinas com maior automação ou melhor desempenho energético. “Para empresas de locação de equipamentos, é crucial desenvolver estratégias de contingência para manter a disponibilidade e operação dos equipamentos em condições adversas”.
Ainda sobre os dados do relatório, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) em maio de 2024 foi de 69%, após recuar 1 ponto percentual em comparação a abril. Apesar do recuo, a UCI ainda se mantém 1 ponto percentual acima da média histórica para o mês de maio. O relatório aponta que a região Sul sofreu a maior queda na UCI, registrando um recuo de 9 pontos percentuais, atingindo 63%. Em contraste, a região Centro-Oeste apresentou um aumento de 3 pontos percentuais, alcançando 73% de UCI.
Perguntado sobre o assunto, José Antônio afirmou que olhando para o futuro, é essencial que o setor de locação de equipamentos para construção civil mantenha um olhar atento às tendências macroeconômicas e regionais e é assim que atuamos em nossa unidade da empresa de locação de equipamentos em Tijucas, Santa Catarina. A recuperação do setor industrial, embora atualmente desafiada, pode ser acelerada com políticas públicas favoráveis e investimentos em infraestrutura. “Preparar-se para essa eventual recuperação, mantendo um portfólio de equipamentos atualizados e estratégias de gestão de risco bem desenvolvidas, será crucial para aproveitar as oportunidades que surgirão”.
Mín. 17° Máx. 28°