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Especialistas revelam como educar financeiramente crianças

A falta de educação financeira é um problema grave no Brasil, com altos índices de endividamento. Especialistas defendem que o ensino de finanças c...

06/06/2024 às 15h08
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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HC School
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Em um mundo cada vez mais complexo, a educação financeira se tornou uma habilidade crucial para garantir um futuro próspero e seguro. No entanto, o Brasil enfrenta desafios significativos: de acordo com o relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), apenas 35% dos brasileiros demonstram ter conhecimentos básicos de finanças. Além disso, o país enfrenta a inadimplência. De acordo com dados do Serasa, o número de brasileiros endividados atingiu a marca de 70 milhões em 2023, um recorde histórico. A falta de educação financeira é apontada como um dos principais fatores que contribuem para esse cenário preocupante. Diante dessa realidade, investir na educação financeira desde a infância, quando as crianças começam a ter contato com o dinheiro e a desenvolver seus primeiros hábitos de consumo, torna-se essencial.

Especialistas defendem que a educação financeira deve iniciar cedo, de forma lúdica e adaptada à faixa etária, para que as crianças cresçam com uma relação saudável com o dinheiro e desenvolvam habilidades essenciais para o futuro, como planejamento, organização e tomada de decisões conscientes.

“A educação financeira começa na infância e continua na adolescência. É fundamental que as crianças e jovens aprendam desde cedo a lidar com o dinheiro, a fazer escolhas conscientes e a construir um futuro financeiro sólido”, afirma Rodrigo Schumacher, empresário e educador financeiro.

Boas práticas de como ensinar finanças para crianças segundo Rodrigo Schumacher:

  • Dar mesada: a mesada é uma ótima ferramenta para ensinar as crianças a lidar com o dinheiro, a fazer escolhas e a entender o valor das coisas. É importante estabelecer um valor fixo e regras claras sobre o uso do dinheiro.
  • Incentivar a poupança: ensinar as crianças a guardar uma parte da mesada para realizar sonhos e objetivos. A criação de um cofrinho ou conta poupança pode ser um bom incentivo.
  • Utilizar ferramentas lúdicas: jogos, aplicativos e livros sobre educação financeira podem ser grandes aliados no aprendizado das crianças.

O papel da escola na educação financeira

Segundo Schumacher, a escola deve integrar o tema ao currículo escolar, de forma transversal e utilizando metodologias ativas como jogos e simulações. Ele ainda destaca a importância de:

  • Utilizar metodologias ativas: jogos, simulações, estudos de caso e atividades práticas são ferramentas eficazes para engajar os alunos e tornar o aprendizado mais significativo.
  • Promover a participação da comunidade: a escola pode convidar pais, especialistas e representantes da comunidade para palestras e workshops.
  • Utilizar recursos digitais: plataformas online, aplicativos e jogos educativos podem complementar o aprendizado e tornar a educação financeira mais acessível e divertida.

Estudos realizados, como o do Banco Central, demonstram que a educação financeira na escola tem um impacto positivo no comportamento financeiro dos alunos, tanto a curto quanto a longo prazo. Alunos que recebem educação financeira tendem a ser mais conscientes em relação ao consumo, a poupar mais dinheiro, a evitar dívidas e a tomar decisões financeiras mais acertadas.

Jogo de tabuleiro para complementar o aprendizado

Schumacher destaca o potencial dos jogos de tabuleiro como ferramenta de aprendizado, especialmente na infância e adolescência. "Jogos que estimulam o raciocínio lógico, a tomada de decisões e a resolução de problemas, além de promover a interação social e o trabalho em equipe", explica.

No entanto, o educador faz um alerta: "A grande maioria dos jogos de tabuleiro existentes no mercado não educam de verdade sobre finanças. Muitos deles perpetuam a ideia de que o objetivo é acumular riqueza a qualquer custo e quebrar o adversário. Jogos assim não promovem a educação financeira, apenas a competição entre si” ele salienta.

Corrida dos Ricos & Pobres: um jogo de tabuleiro para aprender finanças em família

O jogo de tabuleiro Corrida dos Ricos & Pobres oferece uma experiência interativa e educativa para toda a família, ensinando sobre finanças de forma lúdica. Desenvolvido por Josias Gonçalves, educador financeiro com 14 anos de experiência na área, o jogo simplifica conceitos complexos como ativos, passivos, investimentos e despesas fixas, tornando o aprendizado sobre finanças mais acessível e divertido.

Como funciona o jogo:

  • Duas pistas: o tabuleiro apresenta duas pistas distintas: a "Pista dos Pobres", onde os jogadores iniciam a jornada, e a "Pista dos Ricos", o objetivo final, representando a ascensão financeira e a conquista da independência financeira.
  • Situações do dia a dia: os jogadores enfrentam situações cotidianas que impactam seu patrimônio, como despesas inesperadas (consertos, imprevistos) e oportunidades de investimento (ações, negócios e imóveis).
  • Tomada de decisões: as escolhas dos jogadores determinam seu progresso no jogo, ensinando-os a lidar com riscos, planejar o futuro e construir um patrimônio sólido.
  • Lições: as situações do jogo, embora fictícias, proporcionam lições importantes para a vida financeira real, como a importância de diversificar investimentos, evitar dívidas e planejar a longo prazo.

Benefícios do jogo:

  • Aprendizado divertido: transforma o aprendizado sobre finanças em uma experiência divertida e envolvente para toda a família.
  • Educação financeira prática: simplifica conceitos financeiros complexos e os torna acessíveis para crianças e adultos.
  • Fortalecimento dos laços familiares: promove a interação e o diálogo entre pais e filhos sobre temas importantes como dinheiro, sonhos e objetivos.

Com o apoio de especialistas em educação financeira, o jogo está sendo lançado no Catarse, plataforma de financiamento coletivo que permite que projetos inovadores e criativos recebam apoio financeiro do público.

“Trabalho como Consultor em Propriedade Industrial e Intelectual junto ao INPI há 35 anos, e este jogo é um dos poucos que achei realmente interessante, objetivo educativo e útil”, afirma Carlos Quednau.

O projeto busca apoio financeiro no Catarse para viabilizar a produção e distribuição do jogo. Os apoiadores podem contribuir com valores a partir de R$10,00 e, em troca, recebem recompensas exclusivas. A iniciativa visa promover um futuro financeiro mais seguro e próspero para as próximas gerações, através da educação financeira desde a infância.

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