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Aumento dos casos de febre oropouche preocupa autoridades

Autoridades contabilizam, até o momento, 5.102 casos da doença em todo o país

05/06/2024 às 08h31
Por: Redação
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Reprodução/internet
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Em boletim divulgado com dados até quarta-feira, 15 de maio, o Ministério da Saúde relatou um aumento significativo nos casos de febre oropouche no Brasil. 

Desde o início do ano, foram registrados 5.102 casos, sendo 2.947 no Amazonas e 1.528 em Rondônia. Outros estados como Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Santa Catarina também confirmaram e estão investigando novos casos.

Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, informou que a difusão da febre oropouche para outros estados brasileiros tem ocorrido nas últimas semanas. "Não temos só aquela concentração na região norte, como aconteceu no primeiro momento. Acreditávamos que ficaria concentrado, mas houve um espalhamento", explicou Maciel.

A febre oropouche acomete, geralmente, pessoas com idades entre 20 e 29 anos, seguida por faixas etárias de 30 a 39, 40 a 49 e 10 e 19 anos.

A febre oropouche é transmitida pela picada do Culicoides paraensis, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Detectada no Brasil desde a década de 60, a doença apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, como febre acima dos 38ºC, dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos e tontura, durando de dois a sete dias.

Apesar das semelhanças, a febre oropouche não evolui para quadros graves de dores abdominais e hemorragias, comuns em casos de dengue grave. Cerca de 60% dos pacientes podem apresentar sintomas bifásicos, com febre e dores que desaparecem e retornam após uma semana.

Até o momento, não há registros de mortes por febre oropouche, mas a doença pode afetar o sistema nervoso central em pacientes imunocomprometidos, resultando em meningite asséptica e meningoencefalite.

A febre oropouche é mais comum entre pessoas que viajaram para a região amazônica. Nesses casos, é recomendado procurar uma unidade de saúde para avaliação clínico-laboratorial.

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