Strip malls, empreendimentos com foco no varejo de proximidade e localizados em pontos estratégicos das cidades, estão presentes em todas as regiões do Brasil. Lançado em 2023, um censo do setor traz insights para entender seu crescimento e qual é o perfil dos strip malls no Brasil.
A pesquisa, conduzida pela Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls) reúne as maiores empresas que operam strip malls no País para entender seu perfil, característica dos empreendimentos e necessidades do consumidor.
O estudo tem foco em esmiuçar o segmento de strip malls, uma vez que uma pesquisa, conduzida pelo Kantar Worldpanel em dez países da América Latina, mostra que 68% dos latinos fazem suas compras perto de casa. A pandemia também intensificou o varejo de proximidade, fazendo com que várias redes aderissem a essa modalidade.
“O Censo dos Strip Malls é uma iniciativa criada pela ABMalls para entender melhor o perfil dos empreendimentos. Começamos em 2021 com poucas informações e, na edição de 2023, já contamos com os maiores players do segmento, que nos forneceram informações valiosas”, explica Marcos Saad, sócio da MEC Malls, que faz a concepção e gestão de strip malls.
Para o Censo dos Strip Malls 2023, foram abordados empreendimentos localizados em 15 Estados, totalizando 170 strip malls localizados em quatro regiões do Brasil. Uma das informações mais relevantes do Censo da ABMalls diz respeito à idade dos empreendimentos.
O estudo levanta, ainda, que 50% dos empreendimentos avaliados têm menos de cinco anos e baixa taxa de vacância, com 7% de lojas disponíveis. Em números totais, 44% dos empreendimentos não têm vacância.
“Observamos que a vacância na região Sudeste é menor na comparação com as outras, e boa parte dos strip malls têm porte pequeno [até 1.500 m2 de Área Bruta Locável]”, complementa Marcos Saad, que também é presidente do conselho da ABMalls.
Com uma média geral de 14 lojas por empreendimento, os strip malls brasileiros têm cerca de duas lojas âncoras e 12 lojas satélites, de acordo com o Censo da ABMalls. O estudo indica, ainda, que as principais lojas âncoras nesses espaços são os mercados e farmácias, seguidos pelos restaurantes com drive-thru e academias.
De forma geral, o mix das lojas é composto principalmente por redes de serviços, conveniência, alimentação e saúde.
“Outro dado interessante é que 62% desses empreendimentos têm espaço destinado à retirada de delivery e 36% oferecem acesso à rede Wi-Fi para clientes. Esses dados são muito importantes para entendermos como o setor tem evoluído e crescido no Brasil, bem como para ajudar empresários e varejistas interessados em investir na área”, completa Saad.
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