Segundo os dados apresentados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário (ICEI) da Indústria da Construção manteve-se em patamar otimista em maio de 2024. O relatório aponta que o ICEI registrou 51,7 pontos, um recuo de 0,8 ponto em comparação ao mês anterior, mas ainda acima da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança.
De acordo com a publicação, o Índice de Condições Atuais, que mede a percepção dos empresários sobre a situação corrente das empresas e da economia, ficou em 46,8 pontos em maio, uma queda de 0,6 ponto em relação a abril. Isso indica que, apesar do otimismo geral, a avaliação sobre a situação atual ainda é negativa, mostrando uma piora comparada ao mês anterior.
Já o Índice de Expectativa, que avalia as perspectivas para os próximos seis meses, também apresentou uma queda, passando de 55,0 pontos em abril para 54,1 pontos em maio. Conforme informado na publicação, apesar da queda, o índice permanece acima dos 50 pontos, sinalizando expectativas positivas entre os empresários, ainda que com menor intensidade.
O relatório destaca ainda que, em abril de 2024, o índice de evolução do nível de atividade e o índice de evolução do número de empregados permaneceram abaixo da linha de 50 pontos, registrando 48,4 pontos. Estes valores indicam uma queda na atividade e no emprego, embora a queda no número de empregados tenha sido mais branda e disseminada que no mês anterior.
José Antônio Valente, diretor da empresa locadora de equipamentos Trans Obra, afirmou que a percepção sobre as condições atuais, evidenciada pela queda no Índice de Condições Atuais para 46,8 pontos, é um aspecto que merece atenção. Esta percepção pode ser atribuída a diversos fatores, como dificuldades de acesso a crédito, alta nos custos de insumos e a instabilidade econômica geral. José Antônio continuou dizendo que é importante ressaltar que a piora é marginal, o que sugere que os empresários ainda veem potencial de recuperação no curto a médio prazo. “A capacidade do setor de reverter a tendência de queda que o gráfico no estudo apresentado aponta, dependerá significativamente de políticas públicas eficazes, estímulos econômicos e a estabilidade macroeconômica”.
Ainda sobre o estudo publicado, a intenção de investimento na indústria da construção aumentou em maio. O índice de intenção de investimento subiu 2,7 pontos, atingindo 45,9 pontos. Esse valor é superior ao registrado em maio de 2023 (45,4 pontos) e em maio de 2022 (44,8 pontos), estando bem acima da média histórica de 37,4 pontos, conforme indicado pelo relatório.
Perguntado sobre o assunto, José Antônio disse que se o ambiente econômico se tornar mais favorável, com redução nas incertezas e melhorias nas condições de financiamento, o setor pode não apenas recuperar o terreno perdido, mas também liderar um ciclo de crescimento mais robusto. “A diversificação dos investimentos, a inovação tecnológica e a capacitação da força de trabalho serão fatores determinantes para sustentar este crescimento. Vimos esse reflexo na nossa unidade da empresa de locação de equipamentos em Campinas, São Paulo. Inovamos em diversificação de máquinas e equipamentos para aluguel na construção civil, cuidamos para que nossos produtos oferecidos sejam altamente tecnológicos e trabalhamos todos os dias com um equipe muito motivada em entregar resultados”.
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