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Enxaqueca afeta mais de 30M, mas ainda é pouco compreendida

No Maio Bordô, mês de conscientização sobre a enxaqueca, Abraces e TEVA Brasil falam sobre a necessidade de desestigmatizar a doença e alertam “não...

28/05/2024 às 16h45
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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Divulgação Teva Brasil
Divulgação Teva Brasil

Uma das doenças mais incapacitantes do mundo, a enxaqueca ainda enfrenta muito estigma e falta de compreensão na sociedade, apesar de afetar ao menos 15% da população brasileira: cerca de 32,3 milhões de pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a doença acomete mais de 1 bilhão de pessoas no mundo, sendo um dos motivos mais frequentes de consultas médicas¹. A campanha Maio Bordô tem por objetivo esclarecer o impacto da enxaqueca na vida das pessoas e o que deve ser feito para combatê-las.

A enxaqueca é uma condição crônica que se caracteriza por crises de dor de cabeça autolimitadas, resultantes de uma disfunção transitória no cérebro. A dor é tipicamente pulsátil, frequentemente localizada em um dos lados da cabeça, acompanhada por sensibilidade a luz e sons, náuseas e ocasionalmente vômito.


O médico neurologista e presidente da Associação Brasileira de Cefaleia em Salvas e Enxaqueca (Abraces), Dr. Mario Peres, explica que a doença é uma das formas mais comuns de cefaleia na população em geral. “A enxaqueca é a primeira doença na faixa etária entre 5 anos e 19 anos e a segunda entre a população adulta, de 20 anos a 59 anos”, destaca.

O especialista explica que a doença está entre as 20 mais incapacitantes do mundo² e, em média, os indivíduos que sofrem desta condição perdem cerca de quatro dias de trabalho por ano. “Enfrentamos um problema grande de estigmatização da doença que, mesmo apresentando números importantes e acometendo parcela significativa da população, ainda não é reconhecida pelas pessoas como uma doença importante que deve ser cuidada”, alerta. “É comum ouvir relatos de pacientes que têm vergonha de avisar no trabalho que estão com enxaqueca ou que tem a vida social completamente afetada pelas crises”, ressalta.


Peres explica que o diagnóstico é feito a partir dos sintomas e com base na percepção dos pacientes, não existe um exame de imagem ou um dado que constate a enxaqueca e isso é um dos motivos pelo qual a sociedade tem mais dificuldade de entender a doença. São cinco itens que determinam se o paciente tem ou não enxaqueca: mais de cinco crises na vida, com duração de 4h a 72h; Dor latejante ou pulsante, com intensidade moderada a forte apenas de um lado da cabeça; sensibilidade com a luz; incômodo com barulho; e, náusea.

O tratamento é individualizado de acordo com as principais queixas e sintomas de cada paciente. Encaminhamento à psicoterapia, utilização de fitoterápicos, vitaminas, toxina botulínica ou remédios como antidepressivos, anti-hipertensivos, antiepiléticos e outros, desde que prescritos por médico, podem fazer parte do tratamento. “Menos da metade das pessoas que têm dores de cabeça sabem que podem ter enxaqueca, porque não procuram um médico e se automedicam com analgésicos. Já quem tem o diagnóstico, pouco procura o especialista para fazer a prevenção. O mais importante é que o paciente vá ao médico para entender qual medida deve ser tomada a partir de seu histórico individual”, conclui Dr. Mario Peres.

A respeito da Campanha Maio Bordô, a Diretora Médica da Teva Brasil, Arcangela Valle comenta: “Nosso principal objetivo desde o início da nossa trajetória é ter as pessoas no centro de tudo. Além de incentivar o conhecimento sobre a enxaqueca, procuramos dar o exemplo e criar um ambiente inclusivo para nossos colaboradores que enfrentam a doença, pensando na iluminação do ambiente de trabalho, uso de produtos de limpeza sem cheiro, criação de salas especiais para repouso durante as crises e muito mais”.

 

Referências

1 Steiner TJ, Stovner LJ, Vos T, Jensen R, Katsarava Z. Migraine is first cause of disability in under 50s: will health politicians now take notice? J Headache Pain. 2018 Feb 21; 19(1):17.

2 Atlas of Headache Disorders and Resources in the World 2011. Geneva: WHO; 2011.

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