
A Polícia Federal deflagrou uma nova etapa das investigações contra um grupo suspeito de facilitar a migração ilegal de moradores de Minas Gerais para os Estados Unidos por meio da falsificação de documentos. Pelo menos 65 pessoas teriam sido enviadas ao exterior com apoio do esquema, segundo a corporação.
A ação cumpriu três mandados de busca e apreensão em Ipatinga e Tarumirim, no Vale do Rio Doce, e em Novo Repartimento, no Pará. Também foi decretado o sequestro de bens e valores até o limite de R$ 263 mil. A ofensiva integra um desdobramento da Operação Trinta Réis, iniciada em 2022.
As investigações apontam que a organização produzia boletins de ocorrência por ameaça, ideologicamente falsos, com o objetivo de amparar pedidos de permanência e impedir a deportação dos migrantes, sobretudo na chegada aos Estados Unidos pela fronteira mexicana. Um agente público é suspeito de colaborar com o grupo na geração dos registros fraudulentos.
Segundo a PF, a análise do celular do principal alvo da operação revelou a existência dos documentos falsificados e sua utilização para favorecer a entrada irregular dos migrantes. A polícia afirma que os envolvidos atuavam de maneira estruturada para viabilizar o deslocamento ilegal e dar suporte documental às vítimas do esquema.
Os investigados podem responder por promoção de migração ilegal, inserção de dados falsos em sistemas oficiais, falsidade ideológica e corrupção passiva. Outros crimes ainda podem ser identificados conforme o avanço da apuração.
A PF segue analisando o material apreendido nesta fase e diz que novas medidas não estão descartadas.
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