
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (18), que as investigações sobre o esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continuarão sem exceções, mesmo diante da citação de seu filho, Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, nos desdobramentos do caso. A apuração é conduzida pela Polícia Federal e envolve suspeitas de descontos indevidos em benefícios previdenciários.
Durante conversa com jornalistas, Lula destacou que a determinação do governo é garantir que todos os fatos sejam apurados com seriedade, independentemente de vínculos pessoais ou políticos. Segundo o presidente, a investigação foi conduzida de forma cautelosa para evitar acusações sem base técnica, com participação da Controladoria-Geral da União ao longo de quase dois anos.
O presidente afirmou considerar inaceitável qualquer tentativa de desvio de recursos destinados a aposentados e pensionistas, especialmente em um país onde grande parte dos beneficiários depende de rendimentos mínimos. Ele ressaltou que cabe às instituições responsáveis, como a Polícia Federal e o Judiciário, conduzir o processo até sua conclusão.
Na manhã desta quinta-feira, uma nova fase da operação foi deflagrada, resultando no afastamento do secretário-executivo do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal, além da decretação de sua prisão domiciliar. Também houve a prisão de Romeu Carvalho Antunes, filho de um dos principais investigados, e o cumprimento de mandados de busca contra o senador Weverton Rocha.
As apurações apontam que, entre 2019 e 2024, aposentados e pensionistas sofreram descontos não autorizados em seus benefícios por meio de sindicatos e associações conveniadas ao INSS. O prejuízo estimado pelas autoridades chega a R$ 6,3 bilhões. O caso também é acompanhado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Congresso Nacional, que busca esclarecer responsabilidades e a extensão do esquema.
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