
A queda do Cruzeiro na semifinal da Copa do Brasil, decidida nos pênaltis diante do Corinthians, deixou um sentimento amargo na torcida, sobretudo pela expectativa criada ao longo da competição. Ainda assim, o desfecho não apaga uma temporada marcada por evolução coletiva, competitividade e pelo retorno do clube ao protagonismo do futebol nacional. O encerramento da campanha acabou sendo seguido por uma mudança significativa: a saída do técnico Leonardo Jardim, anunciada pelo clube após a eliminação.
No confronto decisivo, a equipe celeste pagou o preço da atuação abaixo do esperado no jogo de ida, no Mineirão, quando foi derrotada por 1 a 0. A desvantagem obrigou o time a buscar uma postura mais agressiva na partida de volta, em São Paulo, onde respondeu com personalidade. Mesmo atuando fora de casa, o Cruzeiro se impôs em boa parte do jogo, construiu o placar necessário para levar a decisão às penalidades e mostrou organização ofensiva, com destaque para a eficiência do ataque nos momentos-chave.
O empate no agregado, provocado por um erro defensivo que permitiu a reação corintiana, levou a definição para os pênaltis, cenário em que o equilíbrio é regra. A eliminação acabou sendo selada em uma cobrança decisiva desperdiçada, episódio que ampliou a frustração pelo peso simbólico do momento e pelo perfil do atleta envolvido, acostumado a decisões de alto nível. O lance final transformou uma campanha promissora em uma despedida dolorosa da competição e marcou o último jogo de Leonardo Jardim no comando técnico da equipe.
Apesar disso, o panorama da temporada aponta para avanços claros. A terceira colocação no Campeonato Brasileiro e a presença entre os quatro melhores da Copa do Brasil superaram projeções feitas no início do ano. Sob a condução do treinador português, o desempenho sustentado ao longo de 2025 recolocou o Cruzeiro em um patamar competitivo que não se via há algum tempo, indicando um processo de reconstrução esportiva consistente.
O encerramento do ano, porém, abre um novo ciclo. A saída de Leonardo Jardim impõe ao clube o desafio de redefinir rumos, lidar com possíveis mudanças no elenco e garantir a continuidade do projeto esportivo. Com um calendário que se inicia já nas primeiras semanas de 2026, a temporada que se encerra deixa lições, ajustes a serem feitos e, sobretudo, a sinalização de que o Cruzeiro voltou a competir em alto nível no cenário nacional.
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