Novo berçário em unidade prisional de Vespasiano amplia cuidado a mães e bebês

O Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade (CRGPL), localizado em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, passou a contar com um novo berçário destinado ao acolhimento de mães e bebês que vivem no sistema prisional. A estrutura, inaugurada recentemente, amplia a assistência já oferecida às mulheres em cumprimento de pena e fortalece o cuidado com as crianças que permanecem na unidade durante o primeiro ano de vida.

O espaço, que atende atualmente 37 mulheres e 12 bebês, foi projetado para oferecer condições adequadas de acolhimento, desenvolvimento infantil e apoio à rotina das mães. As atividades do berçário contam com profissionais do projeto “Bebês Amados”, responsável por promover estímulos psicossociais e acompanhamento contínuo das crianças.

A inauguração foi acompanhada pelo secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, Rogério Greco, e pelo diretor-geral do Departamento Penitenciário do Estado, Leonardo Badaró. Durante a visita, Greco destacou que o Estado tem a obrigação de garantir dignidade às mulheres privadas de liberdade e proteção integral às crianças que nascem no ambiente prisional, conforme determina a Lei de Execução Penal.

O novo espaço também marca um avanço para o próprio funcionamento da unidade, proporcionando condições mais adequadas para que as mães estudem, trabalhem e descansem. A iniciativa é resultado de uma parceria com a organização responsável pelo projeto, que atua no desenvolvimento das crianças e no suporte às detentas.

Idealizado por Mara de Avelar Silva, o projeto “Bebês Amados” surgiu como desdobramento da iniciativa “Amadas”, voltada ao apoio emocional e social das mulheres encarceradas. Segundo a diretora-geral do CRGPL, Roseni de Matos Silva, o novo berçário reforça a política de proteção integral e reduz vulnerabilidades, garantindo às crianças um início de vida estruturado mesmo dentro do sistema prisional.

A legislação prevê que os bebês podem permanecer com as mães até completarem um ano de idade. Após esse período, as mulheres são transferidas para outras unidades, enquanto os filhos ficam sob a guarda de familiares ou são encaminhados a instituições de acolhimento quando não há responsáveis disponíveis.

Para o diretor-geral do Depen-MG, Leonardo Badaró, o fortalecimento da rede de apoio é essencial para assegurar bem-estar às crianças e para contribuir com o processo de ressocialização das mães. Segundo ele, a parceria com a Oscip que conduz o projeto garante suporte técnico e humanizado para as famílias atendidas.