PBH investe R$ 1 milhão em sistema que dará prioridade a ônibus na Região Leste

A Prefeitura de Belo Horizonte firmou um contrato de R$ 1,07 milhão para instalar um sistema inteligente de prioridade semafórica destinado ao transporte coletivo na Região Leste da capital. A medida, publicada nesta sexta-feira (5/12) no Diário Oficial do Município, pretende reduzir o tempo de espera dos ônibus em cruzamentos estratégicos, garantindo maior fluidez aos corredores de alto volume de passageiros.

A implantação será realizada pela empresa Digicon, responsável pela fabricação dos equipamentos já utilizados na rede semafórica de Belo Horizonte. Segundo o município, a contratação por inexigibilidade de licitação foi necessária porque o sistema da empresa é o único compatível com a infraestrutura operacional existente, o que impede concorrência entre fornecedores. O projeto foi estruturado a partir de um Estudo Técnico Preliminar elaborado pela Gerência de Sinalização da BHTrans.

A solução adotada será integrada à plataforma Traffic Vision WEB, utilizada para monitoramento remoto e ajustes em tempo real da rede. O contrato prevê a instalação de nove novos controladores semafóricos, com câmeras de detecção automática, além de kit extra de backup, cabos blindados, colunas metálicas, hospedagem em nuvem e suporte técnico por 12 meses. A expectativa é de que a implantação ocorra em até 60 dias úteis após a ordem de serviço.

Os equipamentos serão distribuídos nos seguintes pontos:
Rua Niquelina — Tenente Anastácio, avenida Mem de Sá, Rua Frutal, Rua Santa Luzia, Coronel Otávio Diniz e Rua Juramento.
Rua Domingos Vieira — Rua Manaus, Rua Grão Pará e Rua Maranhão.

De acordo com os documentos técnicos, a prioridade semafórica é uma das apostas da prefeitura para modernizar o sistema de transporte público e reduzir atrasos. O mecanismo funciona a partir da detecção da aproximação dos ônibus. Ao identificar o veículo, o semáforo pode estender alguns segundos do verde ou diminuir o tempo de vermelho, favorecendo a passagem do coletivo sem impactos significativos ao restante do tráfego.

A BHTrans afirma que a tecnologia deve garantir viagens mais regulares, redução de congestionamentos e menor consumo de combustível, além de contribuir para a diminuição da emissão de gases poluentes. A lógica de operação é ajustada em tempo real pela Central de Tráfego e só é ativada quando há ônibus na via, mantendo o funcionamento normal nos demais períodos e fluxos.

Com validade inicial de 12 meses e possibilidade de prorrogação, o contrato integra a política de atualização tecnológica da cidade, que busca priorizar corredores de transporte coletivo como estratégia para melhorar a eficiência do sistema e incentivar a utilização do ônibus pelos moradores da capital.