
A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou, nesta terça-feira, uma operação conjunta com o Ministério Público e a Receita Estadual para desarticular um esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro envolvendo redes de atacado e supermercados no estado. De acordo com as autoridades, o grupo teria deixado de recolher mais de R$ 215 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Entre os investigados está o publicitário Marcos Valério, condenado pelo Supremo Tribunal Federal por atuar como operador do Mensalão. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Região Metropolitana de Belo Horizonte e na região Centro-Oeste do estado, tanto em sedes de empresas quanto em residências ligadas aos investigados.
As investigações apontam que o esquema utilizava empresas de fachada, emissão de notas fiscais falsas e movimentações financeiras atípicas para ocultar a circulação real das mercadorias. Segundo o Ministério Público, a prática permitia que as empresas reduzissem artificialmente o custo dos produtos, ampliando o lucro às custas do imposto que deveria ser recolhido ao estado.
Durante a ação, foram apreendidos documentos, celulares, equipamentos eletrônicos e veículos de luxo utilizados pela organização criminosa para lavagem de dinheiro. A Receita Estadual também recolheu materiais contábeis considerados relevantes para avançar na apuração das fraudes.
As autoridades agora analisam os elementos apreendidos para mapear o patrimônio dos envolvidos e comprovar as operações ilícitas. A reportagem procurou a defesa de Marcos Valério, mas ainda não obteve resposta.
O caso segue sob investigação e novas fases da operação não estão descartadas.
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