
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) encaminhou, nesta segunda-feira (1º/12), um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que dois profissionais de saúde sejam autorizados a entrar regularmente na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde o ex-mandatário cumpre pena de 27 anos e 3 meses por crimes ligados à tentativa de golpe de Estado.
Os advogados solicitam acesso permanente ao cardiologista Brasil Ramos Caiado e ao fisioterapeuta Kleber Antônio Caiado de Freitas, argumentando que Bolsonaro necessita de acompanhamento especializado nas duas áreas. A defesa também pediu que o requerimento seja avaliado com celeridade.
Desde a transferência para a cela especial da PF, Bolsonaro teve uma série de pedidos excepcionais apresentados por sua equipe jurídica, incluindo permissões para visitas familiares e controle específico sobre a entrega de alimentos. Nesta segunda, Moraes autorizou a entrada de familiares em dias e horários restritos, seguindo as normas da corporação.
Embora não haja indicação de um quadro emergencial de saúde, aliados de Bolsonaro afirmam que ele precisa manter uma rotina contínua de consultas médicas — argumento semelhante ao utilizado em investigações anteriores que envolveram o ex-presidente.
O procedimento para análise do pedido médico seguirá o trâmite padrão: a Polícia Federal avaliará as condições de segurança e logística para os atendimentos, e, posteriormente, Moraes dará a decisão final. Caso os acessos sejam permitidos, as consultas ocorrerão dentro da própria superintendência, sob supervisão da corporação.
Atualmente, Bolsonaro permanece isolado em uma cela de 12 m², onde, segundo interlocutores, divide o tempo entre leituras religiosas, caça-palavras e conversas com advogados, enquanto se adapta à rotina do regime fechado.
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