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Renê Júnior nega ter confessado assassinato de gari por vontade própria e afirma que foi coagido por policiais

Empresário diz que agentes o pressionaram mencionando a carreira da esposa, delegada da Polícia Civil

27/11/2025 às 10h00
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, declarou nesta quarta-feira (26), durante audiência no 1º Tribunal do Júri Sumariante de Belo Horizonte, que só confessou o assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, após suposta pressão de policiais que disseram poder prejudicar a carreira de sua esposa, a delegada da Polícia Civil Ana Paula Lamego Balbino Nogueira. O crime ocorreu em 11 de agosto, no bairro Vista Alegre, na Região Oeste da capital.

Detido no Presídio de Caeté, na Região Metropolitana, Renê afirmou que ouviu policiais comentarem que a arma utilizada no disparo havia sido identificada como pertencente à delegada, e que, caso ele não assumisse a autoria, isso poderia comprometer sua atuação profissional. Segundo ele, essa teria sido a razão para confirmar a participação no crime diante das autoridades.

Durante cerca de duas horas e meia de audiência, realizada por videoconferência, Renê declarou que nunca admitiu espontaneamente ter efetuado o disparo e que apenas concordou com o relato registrado porque, segundo sua versão, o delegado conduzia o depoimento enquanto a escrivã formalizava o documento. Ele também disse não ter anotado os nomes dos policiais que teriam feito as ameaças, apenas lembrando características físicas.

O acusado relatou detalhes de sua vida pessoal, mencionou formação universitária e alegou ter sido alvo de julgamentos precipitados após a repercussão do caso. Ele afirmou que andava armado por temer ameaças de um ex-sócio supostamente ligado ao jogo do bicho, justificando ter portado a pistola no dia do crime.

Renê também afirmou que ficou cerca de 30 minutos parado no trânsito antes do confronto que resultou na morte de Laudemir e que teria tido oportunidade de atirar em outras pessoas, mas não o fez. Na versão apresentada, ele disse que jamais dispararia apenas por irritação com o congestionamento.

Quatro testemunhas foram ouvidas na sessão desta quarta. Uma quinta foi dispensada, e a sexta encaminhará as respostas por escrito. Ao final da audiência, a defesa solicitou prazo para apresentar um pedido relacionado ao recolhimento de dados do celular de Renê. A juíza Ana Carolina Rauen concedeu dois dias, a partir de 1º de dezembro, para as diligências complementares.

Renê responde por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo e fraude processual. Caso seja condenado, a pena pode ultrapassar 30 anos de prisão.

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