18°C 31°C
Belo Horizonte, MG
Publicidade

Para Carlos Viana, fraudes no INSS deixam prejuízo irrecuperável apesar de prisões

Presidente da CPMI diz que apenas parte dos valores poderá ser recuperada e detalha suspeitas sobre consignados e atuação de sindicatos

21/11/2025 às 11h00
Por: Bianca Guimarães
Compartilhe:
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI do INSS, apresentou nesta quinta-feira (20) um balanço dos três primeiros meses de investigação sobre fraudes em benefícios previdenciários e operações de empréstimos consignados. Segundo ele, apesar de avanços considerados inéditos, a comissão não conseguirá reaver integralmente os valores desviados ao longo dos anos.

Viana destacou que o colegiado conseguiu a prisão de operadores, laranjas e servidores públicos apontados como integrantes do esquema de irregularidades envolvendo benefícios e consignados, medida rara na história das CPIs. “Todos os que receberam voz de prisão seguem detidos, com exceção de um foragido. É um indicativo do alcance das investigações”, afirmou.

O senador, porém, reconheceu obstáculos significativos ao andamento da CPMI. Entre eles, decisões judiciais que permitiram a depoentes permanecer em silêncio ou se ausentar das audiências. Para reduzir o impacto dessas limitações, núcleos específicos da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União foram integrados às apurações, com atuação direta e independente.

De acordo com Viana, cerca de R$ 400 a R$ 500 milhões foram bloqueados até agora, mas parte do dinheiro já foi enviada ao exterior ou utilizada de forma a dificultar o rastreamento. “Infelizmente, não vamos conseguir recuperar metade do dinheiro. Há recursos que simplesmente desapareceram”, avaliou.

O presidente da CPMI também detalhou suspeitas envolvendo o sindicato Sindinap, do qual um irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é vice-presidente. Segundo ele, o grupo teria movimentado valores expressivos em espécie e recebido comissionamentos relacionados a consignados, sem clareza documental. A comissão ainda tenta ouvir dirigentes da entidade, amparados por habeas corpus.

Viana criticou ainda a situação de aposentados e beneficiários do BPC que teriam sido prejudicados por contratos irregulares ou com juros abusivos. Ele defendeu a suspensão temporária dos pagamentos desses consignados até que o INSS e o Banco Central realizem auditorias completas.

A CPMI deve concluir, em dezembro, a fase inicial das oitivas, centrada em operadores e intermediários. A segunda etapa, prevista para fevereiro de 2026, deve aprofundar a investigação sobre a atuação de bancos e instituições financeiras, além de analisar denúncias registradas nos Procons de todo o país.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Belo Horizonte, MG
26°
Tempo limpo

Mín. 18° Máx. 31°

26° Sensação
0.89km/h Vento
46% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
05h07 Nascer do sol
18h15 Pôr do sol
Sáb 31° 17°
Dom 30° 18°
Seg 23° 17°
Ter 22° 18°
Qua 28° 16°
Atualizado às 12h01
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,41 +1,78%
Euro
R$ 6,23 +1,37%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 481,132,09 -3,60%
Ibovespa
154,177,19 pts -0.77%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade