
O ex-procurador-geral do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, foi preso nesta quinta-feira (13/11) após se entregar à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Ele era alvo de mandado de prisão na 4ª fase da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes em descontos associativos aplicados a aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.
De acordo com a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), Virgílio teria recebido cerca de R$ 11,9 milhões de empresas ligadas às associações envolvidas no esquema. Parte do montante teria sido repassada pelo empresário Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como principal operador das fraudes. A esposa de Virgílio, a empresária Thaisa Hoffmann, também foi presa sob suspeita de participação no esquema.
Além de Virgílio, a nova fase da operação atingiu ao menos outros três nomes de relevância. O ex-presidente do INSS no governo Lula, Alessandro Stefanutto, foi preso preventivamente. O deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) teve mandado de busca e apreensão cumprido, enquanto José Carlos Oliveira, ex-ministro da Previdência no governo Jair Bolsonaro, foi alvo de medidas cautelares e deverá usar tornozeleira eletrônica.
No total, a 4ª fase da Operação Sem Desconto cumpre 63 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e outras determinações judiciais em 14 estados e no Distrito Federal. As investigações apuram crimes como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistemas oficiais e ocultação de patrimônio.
A Polícia Federal afirma que o objetivo da ofensiva é desarticular todas as ramificações do esquema, que teria desviado valores vultosos de segurados em todo o país. As diligências seguem em andamento.
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