
O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi preso nesta quinta-feira (13) pela Polícia Federal durante uma nova etapa da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários. Stefanutto já havia sido afastado do cargo em abril e posteriormente exonerado após a revelação das fraudes envolvendo o órgão.
A fase deflagrada hoje mobiliza equipes da PF e da Controladoria-Geral da União (CGU) para o cumprimento de 63 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e outras medidas judiciais em 14 estados — entre eles Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco — além do Distrito Federal.
Segundo as investigações, o esquema consistia na inserção de dados falsos em sistemas oficiais para permitir a cobrança de mensalidades associativas não autorizadas diretamente dos pagamentos de aposentadorias e pensões. A PF apura ainda a existência de uma organização criminosa estruturada, formada por servidores públicos, empresários e representantes de entidades que teriam se beneficiado dos valores desviados.
Os investigados poderão responder por crimes como estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e ocultação de patrimônio. A operação também mira deputados suspeitos de envolvimento no esquema, que teriam obtido vantagens com os descontos irregulares aplicados aos beneficiários do INSS.
De acordo com a PF, as diligências seguem ao longo do dia para localizar documentos, dispositivos eletrônicos e registros financeiros que possam comprovar a participação dos investigados e dimensionar o prejuízo causado ao erário.
Mín. 17° Máx. 32°