
O Brasil inicia o fim de semana sob alerta generalizado de temporais, granizo e ventos intensos em 16 estados e no Distrito Federal, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A nova frente de instabilidade ocorre menos de 24 horas após o tornado que devastou cidades do Paraná e deixou cinco mortos e mais de 430 feridos. Os avisos meteorológicos seguem válidos até as 10h deste sábado (8), mas podem ser renovados a qualquer momento, conforme as condições climáticas.
No Paraná, o cenário ainda é de destruição. O fenômeno ocorrido na tarde de sexta-feira (7) atingiu principalmente Rio Bonito do Iguaçu, onde quatro pessoas morreram, e Guarapuava, que registrou uma vítima. Ventos superiores a 200 km/h provocaram o colapso de construções, destelhamentos e quedas de energia em dezenas de municípios do Centro-Sul do estado.
Com a intensificação do sistema de baixa pressão atmosférica, o Inmet alerta que os três estados do Sul do país — Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul — permanecem sob alerta vermelho, a classificação mais severa, indicando risco de acumulado extremo de chuva, enxurradas, inundações e ventos costeiros fortes.
Em Minas Gerais, há quatro avisos ativos: um de chuva intensa (nível amarelo) e três de nível laranja, dois deles relacionados a tempestades com granizo e outro para precipitações volumosas. As áreas mais afetadas devem se concentrar nas regiões Central, Oeste, Sul e Zona da Mata.
Além do Sul e do Sudeste, diversas regiões do Norte, Nordeste e Centro-Oeste também estão sob vigilância meteorológica. Entre os estados em alerta estão Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, São Paulo e Tocantins.
O Inmet orienta a população a evitar áreas abertas durante tempestades, buscar abrigo seguro e não se abrigar sob árvores ou estruturas metálicas. Em caso de rajadas de vento, recomenda-se desligar aparelhos elétricos e manter distância de janelas e redes elétricas.
Os fenômenos climáticos registrados nos últimos dias reforçam o alerta dos meteorologistas sobre o aumento da frequência de eventos extremos no país, resultado da combinação entre o aquecimento das águas do Atlântico e do Pacífico, associado aos efeitos do El Niño, que intensifica a instabilidade atmosférica em diversas regiões brasileiras.
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