
O cantor e compositor Lô Borges, um dos nomes mais importantes da Música Popular Brasileira (MPB) e fundador do Clube da Esquina, será velado nesta terça-feira (4) no Foyer do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, em Belo Horizonte. O público poderá se despedir do artista entre 9h e 15h, em uma cerimônia aberta e organizada pela Fundação Clóvis Salgado (FCS). O enterro ocorrerá logo em seguida, em local não divulgado, com acesso restrito a familiares e amigos próximos.
A informação foi confirmada pelo presidente da FCS, Sérgio Rodrigo Reis, que destacou o legado cultural deixado por Lô Borges. O músico faleceu na noite de domingo (2), aos 73 anos, em decorrência de falência múltipla de órgãos, após um quadro de intoxicação medicamentosa. Ele estava internado desde o início de outubro no Hospital Unimed, na capital mineira.
Nascido em 10 de janeiro de 1952, Salomão Borges Filho, conhecido artisticamente como Lô Borges, foi um dos grandes nomes do movimento Clube da Esquina, que marcou a música brasileira com sua fusão inovadora de MPB, rock, jazz e música regional mineira. Ao lado de Milton Nascimento, Beto Guedes e Márcio Borges, entre outros, ajudou a criar uma das sonoridades mais reconhecidas e influentes do país.
Em 1972, Lô lançou dois álbuns que se tornaram marcos da história da música nacional: o disco duplo “Clube da Esquina”, em parceria com Milton Nascimento, e seu primeiro trabalho solo, conhecido como o “disco do tênis”, por conta da capa icônica fotografada por Cafi. Entre suas composições mais conhecidas estão “O Trem Azul”, “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “Paisagem da Janela”, “Tudo Que Você Podia Ser” e “Para Lennon e McCartney”.
Figura discreta e reservada, Lô Borges manteve uma trajetória artística coerente e respeitada ao longo de mais de cinco décadas de carreira, influenciando gerações de músicos. Sua morte representa uma perda profunda para a cultura mineira e para a música brasileira.
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