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IML do Rio identifica 100 vítimas da Operação Contenção no Rio de Janeiro

Sessenta corpos já foram liberados para sepultamento; deputados cobram transparência na divulgação da lista de mortos

31/10/2025 às 09h00
Por: Bianca Guimarães
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Foto: José Lucena/Folhapress
Foto: José Lucena/Folhapress

O Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro confirmou, nesta quinta-feira (30/10), que 100 dos 121 mortos na Operação Contenção já foram oficialmente identificados. Todos os corpos passaram por exames de necropsia, mas os laudos periciais com as causas e circunstâncias das mortes deverão ser divulgados apenas dentro de 10 a 15 dias úteis. Segundo informações repassadas por parlamentares que visitaram o local, 60 corpos foram liberados para sepultamento até o momento.

A operação, considerada uma das mais letais da história recente do estado, tem sido alvo de questionamentos de órgãos públicos, familiares e entidades de direitos humanos. Durante diligência realizada no IML da capital, deputados federais e estaduais cobraram mais transparência na divulgação dos dados oficiais sobre os mortos.

O deputado federal Henrique Vieira afirmou que o IML já possui a relação de pessoas identificadas, mas que a divulgação depende de autorização da Secretaria de Polícia Civil. “Se já existe um número de identificados e de corpos liberados, por que essa informação ainda não é pública? A única explicação é que o secretário de Polícia Civil ainda não autorizou”, declarou.

A deputada Talíria Petrone acrescentou que a direção do instituto teria justificado a ausência de informações sob o argumento de que a operação está vinculada a uma investigação em andamento. “Isso indica que os mortos já foram, de certa forma, pré-caracterizados como suspeitos, o que é grave e reforça a necessidade de um acompanhamento independente das apurações”, afirmou.

A comitiva parlamentar também pediu que familiares das vítimas tenham o direito de reconhecer os corpos antes do recolhimento pelas funerárias, o que, segundo relatos, não tem ocorrido em todos os casos. A deputada Jandira Feghali citou o caso de um casal que não conseguiu reconhecer o corpo do filho, encontrado decapitado. “Eles alegam falta de espaço físico e a necessidade de aguardar os exames técnicos, mas o reconhecimento é um direito constitucional. Apelamos para que as famílias tenham acesso digno a esse momento de despedida”, destacou.

A Polícia Civil ainda não se pronunciou oficialmente sobre as cobranças feitas pelos parlamentares. O caso segue sendo acompanhado por diferentes órgãos públicos, enquanto cresce a pressão por investigações independentes sobre as circunstâncias das mortes ocorridas durante a Operação Contenção.

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