
O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), anunciou que as obras de duplicação da BR-381, no trecho entre Belo Horizonte e Caeté, deverão ser retomadas até o primeiro semestre de 2026. A promessa reacende a expectativa por melhorias em um dos trechos mais críticos da rodovia, conhecida há anos como “Rodovia da Morte” devido ao alto número de acidentes.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29), durante participação do ministro no programa Bom Dia, Ministro, transmitido pelo Canal Gov. Segundo Renan Filho, os trabalhos serão iniciados nas áreas onde não há necessidade de desapropriação de imóveis, o que deve permitir o avanço mais rápido das primeiras etapas da obra.
“Nossa expectativa é que no primeiro semestre de 2026 já tenhamos uma obra forte na BR-381, no trecho entre BH e Caeté”, afirmou o ministro. Ele ressaltou que parte do projeto é considerada “complexa” devido à necessidade de remoção de famílias que vivem próximas à rodovia. “A remoção vai ser feita com o governo financiando a mudança de local. Vamos providenciar a realocação das pessoas e, por isso, essa obra é mais delicada. Temos os recursos e o projeto está na fase final de preparação”, explicou.
Apesar do anúncio, o ministro não informou prazos específicos para o término da duplicação nem para o início do processo de reassentamento das famílias atingidas. A situação das comunidades que serão removidas será tema de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), marcada para esta quarta-feira (29).
Um dos pontos mais afetados é a Vila da Luz, localizada na Região Nordeste de Belo Horizonte, onde vivem cerca de 1,1 mil pessoas. Parte dos moradores ocupa áreas dentro da faixa de domínio da rodovia e, segundo os estudos técnicos, precisará ser realocada para permitir o avanço das obras.
Uma proposta de reassentamento dessas famílias já foi apresentada em conjunto pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e pela Justiça Federal. O plano prevê a transferência dos moradores para novas áreas e deve ser homologado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em uma cerimônia agendada para o dia 7 de novembro, na capital mineira.
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