
Uma operação de grande escala contra o tráfico de animais silvestres foi deflagrada nesta quarta-feira (29) em 11 estados brasileiros, com Minas Gerais como um dos principais focos. Coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pelo Projeto Libertas, iniciativa da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), a ação, batizada de Operação Libertas, visa desarticular uma rede criminosa que capturava, transportava e comercializava ilegalmente animais da fauna brasileira.
No território mineiro, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Belo Horizonte e em municípios da região metropolitana, enquanto a investigação revelou que o grupo criminoso atuava na captura de animais no Norte de Minas e na Bahia, transportando-os para o interior do Rio de Janeiro para venda no comércio clandestino.
Além do tráfico de animais, os promotores identificaram indícios de receptação, falsificação de documentos, maus-tratos e organização criminosa, evidenciando a complexidade e articulação da operação, que envolvia caçadores, atravessadores e revendedores.
A operação ocorre simultaneamente em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Paraná, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão, fortalecendo o combate qualificado ao tráfico de fauna e a crimes correlatos por meio de atuação integrada entre órgãos ambientais, Ministérios Públicos e forças policiais.
Os animais resgatados foram encaminhados a centros de triagem e reabilitação do Ibama e de órgãos estaduais, onde receberão cuidados veterinários. Aqueles aptos à sobrevivência retornarão à natureza, enquanto os que não puderem ser reintegrados serão mantidos em criadouros conservacionistas ou zoológicos autorizados.
A Operação Libertas mobilizou ainda a Polícia Militar da Bahia, com o Comando de Policiamento Especializado (CPE), a Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (CIPPA), o 16º Batalhão da PM e a 7ª Companhia Independente, além da participação do Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio do Gaeco e do Gaema.
Mín. 20° Máx. 34°