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Mateus Simões oficializa filiação ao PSD e fortalece articulação para disputar o governo de Minas em 2026

Vice-governador deixa o Novo e aposta na estrutura política e financeira do PSD para ampliar base eleitoral e consolidar aliança com Romeu Zema

27/10/2025 às 11h30
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG
Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG

O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, formaliza nesta segunda-feira (27) sua filiação ao Partido Social Democrático (PSD), em um movimento estratégico para viabilizar sua candidatura ao governo estadual nas eleições de 2026. A cerimônia ocorre às 9h, no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte, com a presença do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e do governador Romeu Zema (Novo).

A mudança de legenda marca uma das articulações mais relevantes do cenário político mineiro recente. Simões deixa o Novo, partido pelo qual foi eleito vice-governador, e se une a uma sigla que possui maior capilaridade municipal — o PSD atualmente comanda 180 prefeituras em Minas Gerais, enquanto o Novo administra apenas nove. O apoio de prefeitos é considerado fundamental em campanhas estaduais, dada a influência direta dessas lideranças nas bases eleitorais locais.

Além da força política, o PSD também representa uma vantagem estrutural e financeira significativa. Nas eleições de 2024, o partido recebeu R$ 421 milhões do fundo eleitoral, contra R$ 37 milhões destinados ao Novo. Esse diferencial reforça a capacidade de mobilização da legenda em um estado com 853 municípios e mais de 16 milhões de eleitores.

Durante o ato de filiação, Kassab deve discursar ao lado de Zema, reafirmando a parceria entre o atual governador e seu vice, que pretende dar continuidade ao projeto político iniciado em 2019. Em nota divulgada em 19 de outubro, o PSD afirmou que a adesão de Simões “reforça o compromisso com a boa política e a busca por resultados concretos para a população mineira”.

Em mensagem enviada a colegas de partido antes de sua saída, Mateus Simões declarou que a migração ao PSD tem como objetivo “garantir a sucessão do governador Romeu Zema e a continuidade do projeto de transformação do estado”. Ele destacou ainda que o novo partido reúne “a maior bancada da Assembleia Legislativa e o maior número de prefeitos do estado”, fatores que considera essenciais para enfrentar “riscos de candidaturas aventureiras e o retorno de grupos que prejudicaram Minas no passado”.

A filiação de Simões ocorre em um momento de reconfiguração das forças políticas mineiras. A saída do vice-governador é vista como uma perda simbólica para o Novo, única legenda a eleger um governador no país. Apesar disso, o presidente estadual do partido, Christopher Laguna, minimizou o impacto. Segundo ele, o Novo continuará fortalecido, especialmente com a articulação da candidatura presidencial de Romeu Zema em 2026. “Não saímos enfraquecidos em momento algum. Continuamos alinhados com o vice-governador e trabalhando para compor a chapa”, afirmou.

O Novo tenta garantir a vice na futura chapa de Simões, mas enfrenta a concorrência de outras sete legendas que já sinalizaram apoio ao projeto, entre elas o União Brasil, o Progressistas (PP), o Podemos e o Solidariedade. O secretário de Estado de Governo, Marcelo Aro (PP), é cotado para ocupar uma das vagas ao Senado pela coligação.

Com a entrada de Simões no PSD, o quadro eleitoral de Minas para 2026 começa a ganhar contornos mais definidos. Além do vice-governador, já se colocaram como pré-candidatos o senador Rodrigo Pacheco (PSD), que deve migrar para outra legenda — possivelmente o MDB ou o PSB — e o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PDT). Outros nomes, como o deputado Nikolas Ferreira (PL) e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos), ainda avaliam a possibilidade de concorrer.

Para Kassab, a filiação de Simões representa o fortalecimento da presença do PSD em Minas, um estado considerado estratégico para as eleições nacionais. Já para Zema, a movimentação consolida o plano de transição política dentro do campo liberal, preparando o terreno para que seu grupo mantenha o comando do Executivo mineiro e, ao mesmo tempo, amplie a projeção nacional do governador em uma eventual disputa presidencial.

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