A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) e a Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana confirmaram, nesta sexta-feira (3), o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol no estado. A vítima é um homem de 56 anos que morreu após dar entrada, na última segunda-feira (29), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Queimadinha, em Feira de Santana.
Identificado como Marcos Evandro Santana da Costa, o paciente foi encontrado desacordado em casa por familiares, apresentando palidez e alteração no nível de consciência. Os parentes o levaram até a unidade de saúde, onde os médicos iniciaram protocolos de investigação para intoxicação por metanol, considerando seu histórico de alcoolismo crônico e o quadro clínico apresentado.
A Sesab informou que amostras biológicas foram coletadas e serão encaminhadas para análise laboratorial. O resultado deve confirmar ou descartar a presença da substância em até sete dias. O caso está sendo acompanhado pelas equipes de vigilância estadual e municipal, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
Segundo o Ministério da Saúde, até a tarde de quinta-feira (2) o Brasil havia registrado 59 notificações relacionadas à intoxicação por metanol. Entre elas, 11 já tiveram a substância confirmada em exames laboratoriais. A maioria dos casos ocorreu em São Paulo (53), além de cinco em Pernambuco e um no Distrito Federal.
A Sesab reforçou a orientação para que todas as unidades de saúde da rede pública e privada estejam atentas a sinais clínicos compatíveis com intoxicação por metanol e notifiquem imediatamente as autoridades sanitárias. A substância, utilizada em processos industriais, é altamente tóxica e pode causar danos graves como perda de visão, insuficiência renal e até a morte quando ingerida.
O Procon de Feira de Santana também emitiu um alerta à população sobre os riscos do consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. O superintendente do órgão, Maurício de Carvalho, destacou a importância de redobrar a atenção na compra de bebidas e observar sinais que possam indicar falsificação, como preços muito abaixo do mercado, rótulos mal impressos, embalagens violadas, ausência de nota fiscal e alterações no sabor ou no cheiro do produto.
As autoridades reforçam que medidas de precaução e denúncia são fundamentais para reduzir os riscos e evitar novos casos de intoxicação no estado.
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