O ministro Edson Fachin tomou posse nesta segunda-feira (29) como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), sucedendo Luís Roberto Barroso. O mandato é de dois anos, com término previsto para 2027, e terá o ministro Alexandre de Moraes como vice. A cerimônia ocorreu às 16h na sede da Corte, com presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e do presidente da Câmara, Hugo Motta.
A posse seguiu um perfil discreto, sem celebrações adicionais, refletindo o estilo do novo presidente. Fachin terá como principais desafios conduzir a Corte durante a conclusão do julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado de 2022, além de lidar com o cenário das eleições de 2026. Como presidente do STF, ele também assume a presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão administrativo do Judiciário.
Na primeira sessão à frente do Supremo, marcada para quarta-feira (1º), Fachin pautou um recurso que poderá definir o reconhecimento de vínculo trabalhista entre plataformas digitais e trabalhadores de aplicativos, um tema de grande repercussão nacional.
Nascido em Rondinha, no Rio Grande do Sul, em 8 de fevereiro de 1958, Edson Fachin é doutor e mestre em direito das Relações Sociais pela PUC-SP e professor titular de direito civil na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Antes de integrar o STF, atuou como advogado e procurador do Estado do Paraná. Foi nomeado ministro da Corte em 2015, durante o governo de Dilma Rousseff, na vaga do ministro aposentado Joaquim Barbosa. Entre fevereiro e agosto de 2022, presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acumulando experiência na condução de julgamentos estratégicos e administrativos.
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