20°C 35°C
Lagoa Santa, MG
Publicidade

Ex-companheira de empresário revela esquema bilionário de mineração ilegal em Minas Gerais

Depoimento detalha operações de Alan Cavalcante do Nascimento e envolve imóveis de luxo, licenças irregulares e pagamentos de propina

22/09/2025 às 16h30
Por: Bianca Guimarães
Compartilhe:
Foto: Reprodução/TV Globo
Foto: Reprodução/TV Globo

A Polícia Federal (PF) divulgou neste domingo (21) novos detalhes sobre a chamada ‘Operação Rejeito’, que investiga um esquema de mineração ilegal em Minas Gerais. Conforme reportagem exibida pelo Fantástico, a ex-companheira de Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como líder da organização criminosa, forneceu informações sobre o funcionamento do grupo e indicou locais onde parte do dinheiro ilícito estava escondido, incluindo R$ 53 milhões em espécie.

Segundo o depoimento da mulher, o empresário utilizava malas com grandes quantias em dinheiro, chegando a guardar US$ 10 milhões em um apartamento em Alagoas. Alan é acusado de articular a exploração ilegal de minério de ferro em várias regiões, incluindo a Serra do Curral, em Belo Horizonte, considerada área de preservação ambiental e cartão-postal da cidade. O esquema contava com a concessão de licenças ambientais irregulares, pagamento de propinas e uso de empresas de fachada para movimentar bilhões de reais.

Ainda de acordo com a ex-companheira, Alan tentava criar influência junto a autoridades, incluindo juízas responsáveis por processos relacionados ao esquema e a secretária de Meio Ambiente de Minas Gerais, Marília Carvalho de Melo. Em 2024, o sócio do grupo, ex-deputado João Alberto Paizão Lages, chegou a ameaçar a secretária em um episódio registrado nas investigações.

A ‘Operação Rejeito’ foi deflagrada em 17 de setembro e resultou na prisão de 15 pessoas, com 22 mandados de prisão preventiva expedidos, além de buscas e apreensões em imóveis de alto padrão na Grande Belo Horizonte, principalmente em Nova Lima, e em um apartamento em Maceió (AL). Três presos foram transferidos recentemente para um presídio de segurança máxima em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A Justiça também determinou o bloqueio de bens do grupo, avaliados em até R$ 1,5 bilhão.

A investigação aponta que o grupo poderia gerar lucros superiores a R$ 18 bilhões por meio da exploração irregular de minérios, contando com a cooptação de servidores públicos para aprovar projetos ambientais de forma ilícita. Segundo a PF, os pagamentos de propina ocorriam tanto em dinheiro vivo quanto por depósitos bancários, com alguns repasses sendo mensais e outros vinculados a projetos específicos.

O caso segue sob apuração e a Polícia Federal continua monitorando os desdobramentos do esquema, enquanto os investigadores analisam a atuação dos envolvidos e a recuperação dos recursos bloqueados.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Lagoa Santa, MG
31°
Tempo nublado

Mín. 20° Máx. 35°

30° Sensação
5.66km/h Vento
33% Umidade
59% (0.2mm) Chance de chuva
05h45 Nascer do sol
05h51 Pôr do sol
Ter 32° 19°
Qua 24° 18°
Qui 18° 16°
Sex 21° 14°
Sáb 25° 11°
Atualizado às 18h04
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,34 +0,18%
Euro
R$ 6,30 +0,63%
Peso Argentino
R$ 0,00 +2,94%
Bitcoin
R$ 638,546,57 -2,24%
Ibovespa
145,109,25 pts -0.52%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade