O Atlético-MG vive um de seus momentos mais delicados na atual temporada. A derrota por 1 a 0 para o Botafogo, no último sábado, ampliou para seis a sequência de jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro, o que levou o diretor de futebol do clube, Victor Bagy, a admitir que o “alerta vermelho” foi acionado.
Em entrevista após a partida, o dirigente não escondeu a preocupação com a fase atravessada pelo time, que perdeu posições na tabela e se vê próximo da zona de rebaixamento. Para Bagy, a principal dificuldade não está na qualidade técnica do elenco, mas na confiança dos jogadores. “É um momento em que o alerta vermelho está ligado. O desempenho está abaixo do esperado, e o fator principal é a confiança. No futebol, você só consegue render quando está confiante, e precisamos recuperar isso dentro de campo”, afirmou.
Mesmo jogando todo o segundo tempo com um jogador a mais diante do Botafogo, o Galo não conseguiu reagir. A frustração aumentou a pressão sobre o grupo, mas Bagy rejeitou a ideia de que existam problemas de relacionamento ou divergências internas. “Não existe racha, não há problema financeiro ou de união. O elenco é qualificado, mas a autoestima está baixa. Precisamos resgatar essa confiança para voltar a vencer”, disse.
O dirigente também defendeu o trabalho feito na última janela de transferências, reforçando que o clube atuou para suprir as carências do grupo. “Todas as equipes da Série A enfrentam dificuldades em alguns setores, mas buscamos minimizar isso e fomos assertivos. A fase não é reflexo de falta de qualidade, e sim da confiança que precisa ser recuperada”, destacou.
Com o revés no Engenhão, o Atlético estacionou nos 25 pontos e ocupa a 13ª posição na tabela. A distância para o Z-4, zona de rebaixamento, é de apenas três pontos, cenário que acende o sinal de alerta no clube mineiro.
O clima tenso também se refletiu fora de campo. Na madrugada de domingo, torcedores organizados protestaram na chegada da delegação a Belo Horizonte, cobrando melhores resultados. Integrantes da comissão e jogadores, como o goleiro Everson e o lateral Guilherme Arana, conversaram com os manifestantes na tentativa de apaziguar os ânimos. “Já fui torcedor e sei o que significa essa cobrança. O grupo está ciente da responsabilidade que tem”, afirmou Arana em entrevista à Rádio Itatiaia.
O Atlético tenta reencontrar o caminho das vitórias para evitar que a fase ruim se transforme em crise ainda maior, especialmente diante da proximidade com a parte de baixo da tabela.
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