Na noite de sábado (12), drones operados pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) realizaram um ataque a uma das principais instalações petrolíferas da Rússia, localizadas no porto de Primorsk, no Mar Báltico. O incidente provocou incêndios em uma embarcação e em uma estação de bombeamento, resultando na paralisação temporária do transporte de petróleo.
Segundo autoridades russas, os sistemas de defesa aérea interceptaram pelo menos 361 drones durante a operação. O governador da região de Leningrado, Alexander Drozdenko, informou via Telegram que o fogo nos dois pontos atingidos foi contido e, posteriormente, totalmente extinguido.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, elogiou as forças armadas e serviços especiais de Kiev pela ação e afirmou que os ataques a refinarias, terminais e depósitos de petróleo russos funcionam como “sanções rápidas e eficazes”, impactando diretamente a indústria petrolífera do país e, consequentemente, o esforço de guerra russo.
A refinaria de Kirishi, uma das principais do país, processa aproximadamente 17,7 milhões de toneladas métricas de petróleo bruto por ano, equivalentes a 355 mil barris por dia, representando 6,4% da produção nacional. O porto de Primorsk, por sua vez, movimenta cerca de 60 milhões de toneladas de petróleo anualmente e gera receitas estimadas em US$ 15 bilhões para a Rússia, sendo estratégico também para operações que buscam contornar sanções internacionais.
O episódio reforça a escalada de ataques a infraestruturas críticas russas no contexto do conflito, evidenciando a importância estratégica da região de Leningrado e das instalações petrolíferas para a economia e logística energética do país.
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