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Carlos Viana confirma depoimento do ‘Careca do INSS’ na CPMI com segurança reforçada

Presidente da comissão confirma ida do investigado preso, enquanto defesa afirma que ele apresentará sua versão sobre fraudes em benefícios previdenciários

15/09/2025 às 06h00
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS deve ouvir nesta segunda-feira (15) o empresário Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS. Preso pela Polícia Federal na última sexta-feira (12), ele é apontado como um dos envolvidos em um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões de segurados da Previdência Social.

O anúncio foi feito pelo presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), em vídeo publicado nas redes sociais no domingo (14). Segundo o parlamentar, a defesa de Antunes, representada pelo advogado Cleber Lopes, confirmou o interesse do investigado em comparecer ao colegiado para apresentar sua versão sobre os fatos. Viana afirmou esperar uma “colaboração voluntária” durante o depoimento.

A participação do empresário ocorre após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, que na última semana autorizou investigados a optarem pela presença ou não diante da comissão. Apesar da faculdade concedida, o presidente da CPMI manteve a convocação e anunciou um esquema especial de segurança para a oitiva.

De acordo com Viana, o investigado será escoltado pela Superintendência da Polícia Federal em Brasília até o Congresso Nacional. No local, ficará sob responsabilidade da Polícia Legislativa e será conduzido a uma sala reservada antes do início da sessão. O senador destacou que todas as medidas foram alinhadas com a decisão do STF, que condicionou a participação dos investigados a protocolos de segurança e responsabilidade definidos previamente.

Além de Antunes, a CPMI deve ouvir nesta quinta-feira (18) o empresário Maurício Camisotti, preso na mesma operação que desarticulou parte do esquema. Ele também é acusado de participação na rede de cobranças associativas ilegais que atingiram milhares de beneficiários.

O Ministério da Previdência Social informou, na sexta-feira (12), que já devolveu cerca de R$ 1,29 bilhão a aposentados e pensionistas prejudicados pelos descontos não autorizados. As investigações continuam para apurar a dimensão total das fraudes e a participação de cada um dos envolvidos.

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