Após receber pressão de vereadores e enfrentar a possibilidade de paralisação de diversas linhas de ônibus operadas pela Viação Santa Edwiges, a Prefeitura de Betim divulgou nesta semana ações para garantir a continuidade do transporte público na cidade. Entre as medidas, estão o cofinanciamento das linhas sociais, que atendem regiões com menor demanda, e a homologação da licitação para transporte coletivo de baixa capacidade, como vans.
A decisão ocorre após alerta de parlamentares, durante reunião ordinária da Câmara na última terça-feira (2), sobre a ameaça de interrupção de serviços caso o município não pagasse subsídios à empresa. Entre as linhas que poderiam ser afetadas estavam trajetos do Centro a Pimentas, Charneca, Dom Bosco e outras localidades distantes, incluindo Vianópolis, Icaivera e Citrolândia.
Segundo a Prefeitura, o cofinanciamento permitirá manter a operação das linhas sociais por meio da soma do valor da passagem com o subsídio municipal, garantindo estabilidade ao sistema e o atendimento das regiões mais afastadas da cidade. Além disso, a gestão anunciou cinco etapas estratégicas para aprimorar o transporte público: contratação de auditoria na bilhetagem eletrônica, consultoria especializada para nova licitação, estruturação do financiamento do sistema, renovação da frota e criação de linhas diretas entre centro e regionais.
Algumas dessas linhas contarão com ramais que conectam bairros às regionais, com possibilidade de tarifas reduzidas ou gratuidade em determinados trechos. Em relação ao sistema convencional de ônibus, a prefeitura esclareceu que novas definições dependerão da aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, etapa essencial para viabilizar a licitação do serviço. O presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana, vereador Paulo Tekim, afirmou que a implementação de mudanças dependerá do desfecho das discussões orçamentárias.
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