O nome do ex-presidente do INSS e ex-ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, voltou ao centro das atenções em Brasília. Um requerimento apresentado pela senadora Soraya Thronicke (PODEMOS-MS) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS pede a prisão preventiva do ex-gestor, acusado de envolvimento direto em um esquema de desvio de cerca de R$ 6,3 bilhões em aposentadorias e pensões.
Segundo o documento, durante sua gestão, Oliveira teria autorizado acordos considerados suspeitos com entidades já investigadas, como a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec). Mesmo com relatórios apontando irregularidades nessas instituições, o ex-presidente deu aval para práticas que, de acordo com as apurações, viabilizaram descontos ilegais em benefícios de segurados.
As investigações também destacam possíveis ligações de Oliveira com operadores do esquema, entre eles Antonio Carlos Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. O operador é acusado de ser peça-chave para que os descontos indevidos fossem efetivados.
Outro ponto citado pela senadora é a alteração de nome feita por Oliveira, que teria adotado a identidade de Ahmed Mohamad Oliveira Andrade. Para Soraya, a mudança teria como objetivo dificultar o rastreamento de suas atividades pela Polícia Federal.
O requerimento reforça ainda acusações de falsificação de assinaturas e lavagem de dinheiro ligadas ao caso. A senadora argumenta que a ausência de medidas cautelares até agora representa risco à ordem pública e pode comprometer a aplicação da lei penal.
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