A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura irregularidades contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou, na noite desta segunda-feira (1º), um pedido de prisão preventiva contra 21 investigados pela Polícia Federal. Entre eles está Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como um dos principais articuladores do esquema.
O pedido, aprovado de forma unânime pelos membros da comissão, será encaminhado ao ministro André Mendonça, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) das ações relacionadas às fraudes. Caberá ao magistrado decidir sobre a decretação das prisões, já que a CPMI não tem prerrogativa legal para determinar esse tipo de medida — só podendo atuar em casos de flagrante.
Além de Antunes, a solicitação de prisão atinge outros nomes ligados ao esquema, entre eles o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, que deixou o cargo após a deflagração da Operação Sem Desconto. O advogado Eli Cohen, considerado peça-chave nas investigações, apresentou documentos e uma notícia-crime que ajudaram a detalhar a atuação dos suspeitos, incluindo operadores de telemarketing, empresários e ex-dirigentes do INSS.
O esquema investigado envolvia descontos irregulares em benefícios previdenciários, com a participação de servidores, advogados e empresários do setor de consignados. A apuração revelou o pagamento de propinas e a utilização de call centers para intermediar a aplicação das fraudes, afetando milhares de beneficiários em todo o país.
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