A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, em 2º turno nesta quarta-feira (20), o projeto de lei que possibilita a volta da chamada “geral” nos estádios de futebol. A norma retira o limite legal de 20% da capacidade total das arenas destinado a setores sem cadeiras, autorizando que os clubes possam ampliar esses espaços conforme estudo de viabilidade econômico-financeira.
O texto, de autoria do deputado Bruno Engler (PL), estabelece ainda que os ingressos para esses setores sejam mais baratos do que os demais, reforçando o caráter popular da medida. A mudança inclui também os estádios administrados em regime de concessão, como o Mineirão, mas o oferecimento dos espaços será facultativo, cabendo aos clubes e gestores decidirem.
O tema foi debatido em audiência pública realizada em maio, quando a Comissão de Participação Popular ouviu opiniões divergentes. Parte dos participantes se mostrou favorável, destacando que a retirada de cadeiras poderia evitar depredações, reduzir custos operacionais, democratizar o acesso ao futebol e aumentar o público nas partidas. Outro grupo, porém, pediu cautela, alertando para possíveis riscos à segurança, impacto sobre o sistema de emergência dos estádios e o risco de aumento dos preços em outros setores.
Representantes da Minas Arena também ponderaram que, embora o projeto tenha apoio popular, a questão deve considerar a viabilidade econômica, sobretudo porque o Mineirão pode receber jogos da Copa do Mundo Feminina em 2027, competição que exige arenas com assentos em todos os setores.
Agora, a proposta segue para sanção ou veto do governador Romeu Zema (Novo).
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