Desde o início de 2025, nove pessoas apontadas pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) como integrantes do Comando Vermelho (CV) foram mortas em operações realizadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os confrontos ocorreram em diferentes datas e bairros da capital e cidades vizinhas, em um cenário marcado pela escalada da violência ligada à ruptura entre o CV e o Primeiro Comando da Capital (PCC), anunciada em maio deste ano.
De acordo com a PM, todos os casos registrados envolveram suspeitos armados que resistiram às abordagens e reagiram contra os militares. Em resposta, houve troca de tiros que terminou com as mortes. O levantamento dos episódios mostra que os alvos tinham histórico criminal e ligações diretas com a disputa pelo comando do tráfico de drogas em comunidades estratégicas da Grande BH.
O primeiro caso ocorreu em janeiro, quando um homem de 31 anos, foragido da Justiça, foi baleado em Esmeraldas após apontar uma arma para os policiais. Em março, outro suspeito, de 26 anos, considerado um dos criminosos mais perigosos do Estado, morreu durante uma blitz em Contagem. Já em maio, dois homens que tentavam invadir o bairro Taquaril, na região Leste da capital, morreram em confronto ao portarem fuzis e granadas.
Em julho, dois líderes do CV no Morro das Pedras foram mortos em uma operação no bairro Copacabana, em Venda Nova. A ação resultou ainda na apreensão de granadas, armas e grande quantidade de drogas. No dia 14 de agosto, uma abordagem na MGC-356 terminou com a morte de dois homens, incluindo um braço direito do chefe do CV em Minas, conhecido como “Andinha”. Ambos foram baleados após reagirem durante um assalto.
O caso mais recente ocorreu no dia 15 de agosto, quando um homem de 27 anos, descrito como braço direito de “PH” – suspeito que estaria escondido no Rio de Janeiro – foi morto em Nova Lima após resistir a uma abordagem policial. Ele era apontado como envolvido diretamente na disputa pelo controle do tráfico no bairro Taquaril, palco de uma guerra entre CV e PCC desde o rompimento entre as facções.
Segundo relatos da corporação, a violência registrada em 2025 reflete a intensificação da rivalidade criminosa em Minas Gerais. O bairro Taquaril tornou-se o epicentro do conflito, com pichações, ameaças e homicídios ligados ao avanço das facções. Operações da PM já resultaram em prisões, além da apreensão de armas e drogas, mas também em confrontos fatais como os registrados ao longo do ano.
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