O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), reiterou que não pretende levar a plenário os pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A declaração foi feita a líderes partidários durante reunião na residência oficial do Senado, na quarta-feira (6/8).
Segundo o líder do PDT, senador Cid Gomes (CE), Alcolumbre foi categórico ao afirmar que a atribuição é exclusiva da presidência da Casa e que, “neste momento, não há hipótese” de colocar o assunto em votação. A fala ocorre em meio à mobilização da oposição, que reativou um site para registrar o posicionamento dos parlamentares sobre o tema.
A plataforma contabilizava, até esta quinta-feira (7/8), 41 senadores favoráveis ao afastamento de Moraes — número suficiente para autorizar a abertura do processo, segundo o regimento interno. No entanto, Alcolumbre sustentou que o volume de apoios não altera sua decisão.
O impeachment de Moraes é hoje a prioridade da oposição no Senado. Já na Câmara, parlamentares do grupo se concentram na votação de dois projetos: o que prevê anistia a réus e condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 — incluindo a possibilidade de beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — e a Proposta de Emenda à Constituição que acaba com o foro privilegiado, medida que também poderia favorecer o ex-presidente.
Durante a reunião, Alcolumbre não cedeu à pressão e exigiu que a oposição encerrasse a ocupação do plenário até segunda-feira (11/8). O recuo veio antes do prazo: na quinta-feira, líderes oposicionistas deixaram o local e a Casa retomou os trabalhos, aprovando uma medida provisória.
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